quarta-feira, 2 de maio de 2012

Salão do Livro começa com debates em torno da leitura e da tecnologia


Uma verdadeira salada de opiniões e ideias, conceitos de toda natureza, técnicas e estilos para agradar até os gostos mais aguçados, mas tudo em torno de um tema: leitura e tecnologia. Assim pode-se definir o 1º Salão do Livro de Tangará da Serra, que começou ontem às 7h30. Milhares de pessoas acompanharam as palestras, visitaram estandes, conheceram projetos e adquiriram livros.

“Nem mesmo o frio e o feriado atrapalharam, já está sendo sucesso com a participação das famílias, esperamos que hoje também seja assim”, disse Robson Rocha, idealizador do evento.

Ontem, a escritora cuiabana, Neusa Baptista, o cartunista Rick Milk e o jornalista Roberto Boaventura da Silva Sá comprovaram a diversidade do evento desde o primeiro dia. Neusa, por exemplo, veio falar de preconceito, de racismo nas escolas e o despreparo dos professores para lidar com ele, falou sobre identidade, igualdade e respeito. Ninguém melhor do que ela para falar disso, afinal, Neusa desenvolve um dos mais respeitados projetos de arte e cultura do estado, o Projeto Pixain.

Ela é autora do livro “Cabelo Ruim?”, que trata de racismo, bullying e outras drogas que prejudicam a convivência humana. Uma espécie de autobiografia onde a autora expõe situações de sua vida, seus desafios e inspirações para continuar lutando e mostrando sua capacidade.

O doutor em Jornalismo Roberto Boaventura, politicamente incorreto, como sua própria definição, fez uma viagem no tempo em sua palestra para falar sobre a educação no século passado e hoje, das cartilhas aos computadores. Com opiniões bem definidas, o respeitado crítico mato-grossense participou do bate-papo com Neusa Baptista sobre igualdade racial. “Estamos transformando este país num país de cores e gêneros”, falou ao opinar sobre cotas raciais e ´luta´ contra o preconceito.

Já o ilustrador Rick Milk, autor dos livros “Turma do Mato” e “Diário de um Casal”, possui participação em várias obras mato-grossenses e brasileiras, inclusive uma obra em conjunto com os principais ilustradores da atualidade organizada pelo renomado Maurício de Souza (Turma da Mônica). Ele ministrou palestra sobre como deixar o ensino mais interativo utilizando ferramentas tecnológicas.

À noite foi a vez do pós-doutor em Letras, Benjamin Abdala Júnior, lotar o anfiteatro do Centro Cultural para a sua palestra intitulada “Leituras do mundo e reflexões críticas”. Posteriormente, o advogado, especialista em Direito, Welder Gusmã Jacon, palestreou sobre a geração Y e sua decorrência cognitiva frente a tecnologia.


Salão segue hoje com ampla programação

O Salão segue até sábado, 05 de maio. Hoje o espaço dos estandes na Escola 29 de Novembro, estará aberto a partir das 7h30, seguindo até 22h. No local o visitante poderá conhecer os autores, pegar autógrafos, comparar livros e ver trabalhos de universidades e empresas envolvidas com a leitura e a tecnologia. Também haverá contação de histórias no tablado, localizado nos fundos do pavilhão. Atores do grupo Identidade contam as histórias dos livros dos autores que participam do evento.

Entrementes, acontece o ciclo de palestras no anfiteatro do Centro Cultural. Benjamin Abdala Júnior, Welder Gusmã Jacon, Cristina Campos, Marli Fantini Scarpelli e Márcio Urel Rodrigues, entre outros, estarão presentes com palestras e bate-papos.

Alexandre Rolim - Redação Diário da Serra

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