quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O pai ausente e a irresponsabilidade social


No domingo passado comemoramos o Dia dos Pais e a grande parte da população fez homenagens a um dos seus entes mais queridos, seja festejando, pedindo perdão – até por erros não cometidos -, rezando, felicitando, agradecendo, através de gestos, mimos, olhar, expressões mais variadas, mas sempre com a intenção de demonstrar ao seu pai a sua importância e o seu valor.

Mas isso não foi possível ocorrer entre a grande maioria da população, já que segundo dados estatísticos - censo escolar do INEP -, só de crianças em idade escolar temos em torno de 5 milhões sem o nome no registro de nascimento, isso desconsiderando as mais de 500 mil pessoas - crianças, adolescentes e adultos - ainda não registrados ao nascer, constituindo assim uma grande parcela de pessoas com pai não presente.

O pai ausente, conforme estudos revelados desenvolvidos por especialistas na área familiar, vem contribuindo para o grande desacerto da sociedade, porquanto quando negligenciado o seu dever obrigacional de compartilhar a educação de seus filhos com a mãe, o saldo que se apresenta para todos não é nada aprazível, pois a conseqüência se traduz pelo crescente números de evasão escolar, uso de drogas e forte tendência para a entrada do mundo da criminalidade.

Só prá ilustrar há dados comprovando que a figura do “Pai Ausente” é responsável por grande propensão das meninas de engravidar na adolescência e também de cometimento de suicídios; já os meninos pela ausência do pai, tendem a fugirem de casa e se introduzirem no mundo das drogas.

Por conta disso a sociedade organizada e a própria justiça brasileira vem promovendo ações no desenvolvimento do projeto denominado “Pai Presente”, buscando a regularização e o reconhecimento de paternidade desse grande contingente de pessoas sem uma referência familiar masculina, conscientizando - os pais ausentes - da sua responsabilidade pela formação de seu filho não somente de caráter financeiro, mas também transmitindo o seu conhecimento, a sua linguagem, a sua cultura o seu caráter e o seu afeto.

Se verdadeiramente buscamos a felicidade, desejamos contribuir com uma sociedade mais justa, igualitária, solidária e fraterna, nunca é tarde para repensar e reposicionar nossos pensamentos e ações, pois reconhecer direitos, arcar com as obrigações, dar afeto, amor, alegria, valorizar a vida nossa e do próximo é exemplo de dignidade humana e respeito que será reconhecido e valorizado por toda a eternidade.

por José Patrocínio

Fonte: http://rdnews.com.br/blog/

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