domingo, 5 de junho de 2011

Democracia e Prática da Educação Ambiental para uma sociedade sustentável


A globalização ambiental tem resultado em três conseqüências para a sociedade, que nos levam a pensar na responsabilidade em termos nacionais e internacionais: poluição sem fronteiras; degradação dos ecossistemas que transcendem fronteiras geopolíticas; e interdependêcia no uso dos recursos naturais disponíveis.

Educação ambiental não é neutra. E nós também não devemos ser neutros diante da crise ambiental que estamos vivenciando.

Nesse contexto, as instituições governamentais e não governamentais ainda não alcançaram status para impor ou favorecer medidas executivas que respeitem compromissos de defesa ambiente global. Na presente década, observamos alguns casos onde a pressão de governos e organismos transnacionais, articulados com a mídia e as organizações ambientalistas locais, geram um efeito de sensibilização da opinião pública, que passa a fazer pressão sobre o governo, obrigando-o a tomar medidas urgentes no combate a catástrofes ecológicas.

Há ainda situações de projetos (questionáveis sob o ponto de vista ambiental) que pleiteavam financiamento de organismos europeus, mas tiveram seus objetivos frustrados devido à pressão e de ONGs ambientalistas locais e transnacionais, apoiadas por lideranças políticas e pela opinião pública.

Contudo,essas ocorrêcias são isoladas e se deve a determinados contextos de pressão e de conquistas de simpatia da população, o que é difícil de ser sedimentado e estabilizado em um quadro de democracia frágil como esse em que vivemos.

Contemplando a realidade, verificamos que na sociedade atual as interações se processam desiguais, permeadas por visões e interesse de classes, por pressões de grupos econômicos e de elites. Logo, o pressuposto da democracia deliberativa é falho, em termos de viabilidade de aplicações e práticas para uma sociedade sustentável.

Por Tatiana Navarro

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