terça-feira, 31 de maio de 2011

31 de maio: Dia Mundial sem Tabaco


Para combater o hábito de fumar e divulgar informações sobre os males causados pelo cigarro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) institui, desde 1987, o 31 de maio como Dia Mundial Sem Tabaco.

Os números são alarmantes. A cada hora, 10 pessoas morrem por doenças relacionadas ao cigarro no Brasil. Ao ano esse número chega a 200 mil mortos por conta do cigarro, no mundo sobe para 4 milhões de vítimas, ou seja, uma a cada 8 segundos.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o consumo de cigarros é a mais devastadora causa de doenças-evitáveis, cerca de 50 doenças diferentes, destacando-se as cardiovasculares, o câncer e as doenças respiratórias obstrutivas crônicas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) registra mais de 60 mil pesquisas publicadas e reproduzidas em diversos lugares do mundo, comprovando a relação causal entre o consumo do cigarro e doenças graves como câncer de pulmão (90% dos casos), enfisema pulmonar (80%), infarto do miocárdio (25%), bronquite crônica e derrame cerebral (40%).

Prejuízos ao Meio Ambiente

Árvores são derrubadas para usar nas estufas de secagem do tabaco

Em questão de saúde, os motivos para se evitar o consumo do cigarro são mais do que conhecidos pela população, mas e o Meio Ambiente o que tem com isso?

Os prejuízos causados ao Meio Ambiente estão diretamente relacionados com o cultivo do tabaco - é o nome comum dado às plantas do género Nicotiana, das quais é extraída a substância chamada nicotina.

As florestas são derrubadas para que se tenha lenha para usar nas estufas onde é feito a secagem das folhas do tabaco. Esse processo contribui para a ocorrência de erosões e destruição do solo, pois, com o desmatamento, o solo fica exposto à chuvas fortes e à insolação, perdendo a matéria orgânica e como conseqüência do empobrecimento do solo, aquela terra não vai servir para mais nada. Ainda que as zonas desmatadas sejam reflorestadas, não serão refeitas as condições naturais quanto à flora e à fauna da mata virgem.

Também na fabricação do papel, utilizado na manufatura do cigarro, há a derrubada de árvores.

Para ficar mais claro, muitas árvores são derrubadas para a fabricação dos cigarro. Em número, a cada arvore derrubada, 300 cigarros são produzidos.

Além disso, os incêndios provocados por cigarros constituem também um importante agravo ao meio ambiente: pelo menos 25% dos incêndios rurais e urbanos são relacionados a pontas de cigarros.

Mais informações no site do INCA.

Vícios: para refletir!

Há momentos na vida de um ser humano em que ele se vê sem nada realmente interessante pra fazer. Assim, sem companhia, computador ou iPod e com celular fora de serviço, numa viagem de ônibus para Cruz Alta, fui obrigado a me divertir com os meus próprios pensamentos.

Por alguma razão que ainda desconheço, minha mente foi tomada por uma ideia um tanto sinistra: vícios.


Refleti sobre todos os vícios que corrompem a humanidade. Pensei, pensei e, de repente, um insight: tudo que vicia começa com a letra C!

De drogas leves a pesadas, bebidas, comidas ou diversões, percebi que todo vício curiosamente iniciava com cê.

Inicialmente, lembrei do cigarro que causa mais dependência que muita droga pesada. Cigarro vicia e começa com a letra c. Depois, lembrei das drogas pesadas: cocaína, crack e maconha. Vale lembrar que maconha é apenas o apelido da cannabis sativa que também começa com cê.

Entre as bebidas super populares há a cachaça, a cerveja e o café. Os gaúchos até abrem mão do vício matinal do café mas não deixam de tomar seu chimarrão que também – adivinha – começa com a letra c.

Refletindo sobre este padrão, cheguei à resposta da questão que por anos atormentou minha vida: por que a Coca-Cola vicia e a Pepsi não? Tendo fórmulas e sabores praticamente idênticos, deveria haver alguma explicação para este fenômeno. Naquele dia, meu insight finalmente revelara a resposta. É que a Coca tem dois cês no nome enquanto a Pepsi não tem nenhum. Impressionante, hein?

E o chocolate? Este dispensa comentários. Vícios alimentares conhecemos aos montes, principalmente daqueles alimentos carregados com sal e açúcar. Sal é cloreto de sódio. E o açúcar que vicia é aquele extraído da cana.

Algumas músicas também causam dependência. Recentemente, testemunhei a popularização de uma droga musical chamada “créeeeeeu”. Ficou todo o mundo viciadinho, principalmente quando o ritmo atingia a velocidade… cinco.

Nesta altura, você pode estar pensando: sexo vicia e não começa com a letra C. Pois você está redondamente enganado. Sexo não tem esta qualidade porque denota simplesmente a conformação orgânica que permite distinguir o homem da mulher. O que vicia é o “ato sexual”, e este é denominado coito.

Pois é. Coincidências ou não, tudo que vicia começa com cê. Mas atenção: nem tudo que começa com cê vicia. Se fosse assim, estaríamos salvos, pois a humanidade seria viciada em Cultura.

Autoria desconhecida

segunda-feira, 30 de maio de 2011

“As Flautas Mágicas Vol. II” do Instituto Flauta Mágica

O Instituto Cultural Flauta Mágica acaba de gravar o CD “As Flautas Mágicas Vol. II”.


Regido pelo Maestro Gilberto Mendes, esse novo disco traz uma releitura de obras de Tom Jobim, Milton Nascimento e outras, inclusive internacionais, que se consagraram na aceitação popular. Os arranjos para Orquestra de Flautas e Coral, receberam participação de instrumentos tradicionais como bateria, piano, teclados, guitarra, baixo, violão e trompa, numa combinação inusitada e interessante.

O objetivo desse projeto é mostrar a evolução técnica e artística do Coral e Orquestra Flauta Mágica, bem como dispor de um produto a ser comercializado para gerar recursos para manutenção das ações da instituição. O CD já está disponível na sede do Flauta Mágica ao preço de R$ 15,00 (quinze reais). Adquira o seu e ajude a continuar com os projetos sociais do Instituto.

A instituição possui certificado de tecnologia social da Fundação Banco do Brasil, chancelas do Ministério da Cultura e Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso como “Ponto de Cultura” e recebeu apoio do Criança Esperança, projeto da Rede Globo em parceria com a Unesco.

Contato: INSTITUTO CULTURAL FLAUTA MÁGICA.
Endereço: Rua 21, Q. 37 L. 08 CEP: 78055-795, Cuiabá/MT
Fones: (65) 3641 6038 e 9973 0076
E-mail: gilberto.cba@terra.com.br
Site: www.flautamagica.org.br

sábado, 28 de maio de 2011

Dia Internacional do Brincar: para refletir!

Senado aprova CPI do Ecad


por Lilian Venturini

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias de irregularidades no Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) já pode ser instalada. Nesta terça-feira, 17, a Mesa do Senado leu o requerimento para a criação da comissão, de iniciativa do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), última etapa para concluir a criação.

No fim de abril, os jornais ‘O Globo’ e Estado publicaram reportagens que revelaram o pagamento de direitos a um falso compositor. O pedido de criação da CPI foi encaminhado na quarta-feira, 11, e contou com 28 assinaturas de apoio. A comissão terá 180 dias para realizar seus trabalhos.

Na defesa pela abertura da CPI, Randolfe Rodrigues relembrou uma comissão criada pela Câmara em 1995 para apurar indícios de fraudes na entidade, como sonegação fiscal e abuso de poder econômico. Além disso, afirma que a gestão atual gera queixas entre usuários e artistas. “Os usuários pagam preços exorbitantes, sem qualquer critério racional. Os autores recebem importâncias diminutas, sem qualquer possibilidade de fiscalização e aferição dos valores que lhes são devidos”, acrescentou.

A instalação da CPI do Ecad ocorre num momento turbulento do Ministério da Cultura. Desde o início de sua gestão, a titular da pasta, Ana de Hollanda, vem sofrendo críticas frequentes de parte da classe artística, que pede a continuidade dos projetos de seu antecessor, Juca Ferreira.

Um dos motivos de descontentamento refere-se ao projeto de revisão da Lei de Direitos Autorais, que teve o avanço barrado no Congresso por Ana de Hollanda. Diante das denúncias de fraude no Ecad, responsável pelo pagamento de direitos autorais, o debate sobre a necessidade de rever a legislação voltou à cena.

Nas últimas semanas, as denúncias de recebimento de diárias em dias de folga colocaram em dúvida sua permanência no cargo e fizeram o Planalto se articular em sua defesa.

Com informações da Agência Senado

Coral Mato Grosso "Canta Mato Grosso"

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Membros do Conselho de Cultura são acusados de receber recursos públicos indevidamente



Fonte:http://www.tvcidadeverde.com.br/video/play/id/411

Pontos de cultura pedem mais investimentos

Artistas e professores apoiam transformação do Cultura Viva em lei

Professores, representantes de manifestações culturais brasileiras e do governo foram unânimes em defender nesta quinta-feira (26) a aprovação do Projeto de Lei 757/11, da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que institui o Programa Cultura Viva. A proposta foi discutida em audiência pública da Comissão de Educação e Cultura. Vinculado ao Ministério da Cultura (MinC), o programa já existe desde 2005. O objetivo do PL 757/11 é tornar o Cultura Viva uma política cultural permanente de Estado.

Os debatedores acreditam que, com a aprovação da proposta, recursos serão garantidos para a execução do programa. Eles manifestaram preocupação com o repasse de verba pelo Minc aos projetos apoiados pelo Cultura Viva.

A ministra Ana de Hollanda disse nesta quarta (25) que, para garantir as liberações orçamentárias aos projetos, é preciso seguir as normas estabelecidas pela Lei das Licitações (8.666/93). Hollanda se encontrou na Câmara com cerca de 260 representantes da Marcha Nacional do Movimento Pontos de Cultura. Vindos de 17 estados, os manifestantes pediram a aprovação do PL 757/11 e relataram à ministra os problemas que têm enfrentado por conta de atrasos na liberação de verbas.

O Programa Nacional de Cultura, Educação e Cidadania – conhecido como Cultura Viva – engloba diversos projetos como os Pontos de Cultura (articula trabalhos culturais locais), os Pontos de Mídia Livre (desenvolve novas mídias e ferramentas de comunicação compartilhadas e colaborativas), a Ação Griô (valoriza a tradição oral) e o Cultura Digital (desenvolve plataformas de produção e difusão cultural na internet e suportes audiovisuais).

Simplificação

Segundo Feghali, a aprovação da proposta de sua autoria deverá simplificar as formas de repassar recursos aos projetos beneficiados pelo programa. Para a deputada, é impossível exigir determinados documentos de, por exemplo, manifestações culturais da Amazônia, como hoje prevê a Lei de Licitações. “Isso não significa não ter rigor na aplicação dos recursos.” Ela quer garantir também isenção tributária aos projetos beneficiados pelo Cultura Viva. Feghali disse ainda que vai propor a criação de grupo de trabalho da Frente Parlamentar Mista da Cultura para mediar conflitos dos beneficiários do programa com o ministério.

Para o representante do Movimento Nacional dos Pontos de Cultura Geo Britto, a fiscalização dos Pontos de Cultura deve obedecer a critérios diferenciados. Ele argumentou que os pontos não podem ser tratados como grandes produtores, pois são artistas populares, muitas vezes com dificuldades de garantir sua própria sobrevivência. “Não são os Pontos de Cultura que têm problema com o marco legal; é o marco legal que tem problemas com os Pontos de Cultura”, disse. “Os pontos de cultura não apenas garantem o acesso à cultura, como permitem que a população mostre a sua arte”, completou.

O representante da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC, Cesar Piva, afirmou que o programa é prioridade no ministério e que o órgão está honrando os compromissos assumidos na gestão anterior. “Mais de R$ 150 milhões foram pagos nos últimos 45 dias”, disse.

Conforme Piva, no momento o ministério está promovendo o diálogo com os beneficiários do programa. Ele informou que a secretaria já realizou reuniões com representantes de diversos beneficiários para ouvir as demandas e os problemas. Segundo o representante do Minc, o ministério apoia o PL 757/11. “O projeto chega em um momento importante, de institucionalizar conquistas históricas.”

Apoio

O professor Giuseppe Cocco, da Rede Universidade Nômade do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), também defendeu o PL 757/11. Para ele, o mérito da política instituída pelos Pontos de Cultura é reconhecer movimentos culturais que já existem e garantir a sua continuidade. “Os Pontos de Cultura são tão importantes para o Brasil quanto o Bolsa Família.”

O idealizador do programa Cultura Viva, o historiador Célio Turino, destacou que 33 mil postos de trabalho são gerados pelos Pontos de Cultura. Para ele, que foi secretário de Cidadania Cultural no Ministério da Cultura, o programa, ao reconhecer e estimular as manifestações culturais populares, promove a auto-estima das populações.

Já o coordenador dos Projetos Grão de Luz e Griô e Ação Griô Nacional, Márcio Griô, ressaltou que o Cultura Viva estimula a autonomia e o protagonismo dos artistas. “A gestão compartilhada com o Ministério da Cultura permite o diálogo horizontal do Poder Público com a sociedade civil”, destacou.

Fonte:http://www2.camara.gov.br

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Teoria Moral da Manga


O velho caipira, com cara de amigo, que encontrei num Banco, estava esperando para ser atendido. Ele ia abrir uma conta. Começo de um novo ano... Novas perspectivas... E como não podia deixar de ser, também começou ali um daqueles papos de fila de banco. Contas, décimo terceiro que desapareceu, problemas do Brasil, tsunami... Será que vai chover?

Mas, em determinado momento, a conversa tomou um rumo: "Qual é então o maior problema do Brasil para ser resolvido?" E aí, o representante rural, nosso querido "Mazzaropi da modernidade" falou com um tom sério demais para aquele dia: “O maior problema do Brasil é que sobra muita manga!”

Tentei entender a teoria... Fez-se um silêncio e ele continuou: "O senhor já viu como sobra manga hoje debaixo das árvores? Já percebeu como se desperdiça manga? Sim... Creio que todos já percebemos isto... Onde tem pé de manga, tem sobrado manga..." E aí ele continuou: "Num país onde mendigo passa fome ao lado de um pé de manga... Isso é um absurdo! Num país que sobra manga tem pouca criança. Se tiver pouca criança as casas são vazias... Ou as crianças que tem já foram educadas para acreditar que só "ice cream" e jujuba são sobremesas gostosas. Boa é criança que come manga e deixa escorrer o caldo na roupa... É sinal que a mãe vai lavar, vai dar bronca, vai se preocupar com o filho. Se for filho tem pai....

Se tiver pai e manga de sobremesa é porque a família é pobre... Se for pobre, o pai tem que ser trabalhador... Se for trabalhador tem que ser honesto... Se for honesto, sabe conversar... Se souber conversar, os filhos vão compreender que refeição feliz tem manga que é comida de criança pobre e que brinca e sobe em árvore... Se subir em árvore, é por que tem passarinho que canta e espaço para a árvore crescer e para fazer sombra... Se tiver sombra tem um banco de madeira para o pai chegar do trabalho e descansar...

Quem descansa no banco, depois do trabalho, embaixo da árvore, na sombra, comendo manga é porque toca viola... E com certeza tá com o pé na grama... Quem pisa no chão e toca música tem casa feliz... Quem é feliz e canta com o violeiro, sabe rezar... Quem sabe rezar sabe amar... Quem ama, se dedica... Quem se dedica, ama, reza, canta e come manga, tem coração simples... Quem tem coração assim, louva a Deus.

Quem louva a Deus, não tem medo... Nada faltará porque tem fé... Se tiver fé em Deus, vê na manga a providência divina... Come a manga, faz doce, faz suco e não deixa a manga sobrar... Se não sobra manga, tá todo mundo ocupado, de barriga cheia e feliz. Quem tá feliz... Não reclama da vida em fila do banco... "

Daí fez-se um silêncio...

Ruben Alves

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Hoje tem apresentação de "Amure" no patio do Museu


Dentro da programação da Exposição etnográfica "Cultura e Tradição Paresí-Haliti", o Teatro Ogan estará apresentando o espetáculo "Amure", de autoria de Van César, direção de Alexandre Rolim e produção de Sílvia Schneiders. A apresentação acontecerá na noite de hoje, quarta-feira, 25 de maio, às 19h30, no pátio do Museu Histórico.

"Amure" representou Campo Novo do Parecis neste ano de 2011 no 13º Fringe, evento que faz parte do 20º Festival de Curitiba, considerado o maior festival de teatro da América Latina e o segundo maior do mundo.

"Você é Amure, uma nova visão de Wazare..."

Sobre "Amure"

O espetáculo narra a trajetória de Kamayose, um jovem indígena da etnia Paresí-Haliti, que, após ser chamado pelo mundo espiritual, adentra nos mistérios de sua própria cultura rumo ao seu passado imemorial, na região de Ponte de Pedra.

Com o apoio de sua mãe (a velha cacique) e guiado por personagens como o Pai-do-Mato, Katimalalo - a serpente espírito, Katiyatiyaonero - o espírito das águas, e Soetete - o pássaro espírito, Kamayose faz uma viagem mágica dentro de sua própria cultura e na memória coletiva de seu povo.
O espetáculo é uma aula de história sobre a ocupação humana no Chapadão do Parecis, mostrando as relações que o povo Haliti travou com os colonizadores, as missões jesuíticas, a marcha de Mal. Rondon e os bandeirantes, o que ocasionou um rápido processo de aculturação, de perda de cultura, por parte dos indígenas.

"Amure" foi aprovado e receberá apoio financeiro do Edital Microprojetos Mais Cultura na Amazônia Legal, uma iniciativa do Ministério da Cultura através da Secretaria de Articulação Institucional e Fundação Nacional das Artes (Funarte).

Um espetáculo para apreciar e questionar!

Inca oferece cinema de graça na região sul de Cuiabá

Ponto de Cultura Inca na Ucam promove cursos e cinema todos os sábados gratuitamente

Falta de dinheiro para ver um bom filme não é mais desculpa. Pelo menos não para quem mora num dos 78 bairros da região Sul de Cuiabá. É que todos os sábados tem cinema de graça no Ponto de Cultura do Instituto Cultural América (Inca), localizado na sede da União Coxiponense de Associações de Moradores (Ucam), às 17h30.

A coordenadora do Ponto de Cultura Inca, Cybelle Bussiki, informa que os filmes são exibidos todos os sábados após os cursos de Audiovisual e Formação de Agentes, que são ministrados pelo Ponto naquele espaço com o apoio do presidente da entidade, José Maurício, que abraçou a idéia para ajudar no crescimento da indústria cultural da região. Os cursos também acontecem aos sábados das 15h às 17h e ainda há vagas disponíveis para quem quiser participar. Quanto aos filmes, ela destaca que a sessão é aberta a toda a comunidade gratuitamente.

Segundo ela, toda a seleção dos filmes tem a ver com a temática do curso de audiovisual. Na última semana foi exibido “Como fazer um filme de amor”, fruto do cinema brasileiro. Dessa vez, também com a nacionalidade brazuca é a vez de ser apresentado “Saneamento Básico", uma comédia do diretor Jorge Furtado, que trata da burocracia que cerca o serviço público.

Qualquer semelhança com problemas na área de saneamento de Cuiabá é mera coincidência já que serviços básicos como este sempre são cercados de problemas quando o assunto é resolvê-los. O projeto acontece com recursos do Ministério da Cultura através do Programa Cultura Viva da Secretaria de Cultura e Cidadania e do Governo do Estado através da Secretaria de Cultura e tem o Apoio da Secretaria de Emprego, Trabalho, Cidadania e Assistência Social (Setecs).

Em "Saneamento Básico” a comunidade da Linha Cristal, uma pequena vila de descendentes de colonos italianos na serra gaúcha, reúne-se para tomar providências sobre a construção de uma fossa para o tratamento do esgoto. Uma comissão é escolhida para pleitear a obra junto à subprefeitura. Após ouvir a reivindicação, a secretária da prefeitura reconhece a legitimidade da solicitação. Mas, para desespero da comunidade, afirma que não dispõe de verbas para obras de saneamento básico até o final do ano.

No entanto, a prefeitura tem quase R$ 10 mil em verbas para a produção de um vídeo. A verba veio do governo federal e, se não for gasta, terá que ser devolvida. A comunidade decide então fazer um vídeo sobre a obra. A prefeitura apoia a ideia da realização do vídeo e da utilização da verba para a obra, que seria um absurdo devolver, mas esclarece que, para requerer a verba, a comunidade deve apresentar um roteiro e um projeto do vídeo, e que a verba era necessariamente para obras de ficção. Os moradores da Linha Cristal passam então a fazer um vídeo de ficção que, segundo interpretações, é um filme de monstro, ambientado nas obras de construção de uma fossa, com o único objetivo de usar a verba para as obras. O que eles não esperavam é que a produção do vídeo fosse, cada vez mais, complexa e interessante. No elenco: Wagner Moura, Camila Pitanga, Fernanda Torres e Lázaro Ramos. Vale conferir os talentos e o filme que demonstra.

Ponto de Cultura Inca - Acesse o blog www.culturadigital.br/inca.
Dúvidas e mais informações sobre como participar dos cursos podem ser obtidas pelos emails pontodeculturainca@gmail.com e inca_01@terra.com.br ou pelo telefone: (65) 3624-4372 (Inca) e 3661-0563 (Ucam).

Movimentos

Carta dos Pontos de Cultura ao Governo Dilma

Movimentos sociais se unem em prol da Lei Cultura Viva

Quem somos?

“O Programa Cultura Viva, está na vanguarda das políticas públicas do Estado, ao reconhecer na sociedade e nas diversas expressões regionais e estéticas, a força necessária para revelar os ‘brasis’ ocultos ou excluídos. Este Programa revela o quanto do que chama ‘realidade’ é apenas uma versão da história.” Gilberto Gil, TEIA 2006.

Um movimento “coletivizante” e “coletivizador”. Uma “colagem de subjetividades”, onde “não há espectadores, somente interlocutores”. Um processo de “interreconhecimento” que gera uma “cultura cooperativa, solidária e transformadora”. Essas são algumas expressões que traduzem a atuação dos Pontos de Cultura no país.

Brasil adentro, os Pontos de Cultura atuam na resolução de conflitos, na renovação das paisagens urbanas, na preservação dos recursos naturais, na diversificação criativa da economia, no resgate de vidas, no revigoramento de comunidades inteiras, enfim, ofertam alternativas reais para a exclusão social, a degradação ambiental e a fragmentação cívica. E agora, trazem para o Estado seus conhecimentos vivos, vividos nas diversas realidades de um mesmo Brasil.

Que Brasil queremos?

Durante os governos que antecederam Lula, a política cultural do Brasil era pervertida em espetacularização. Uma cultura voltadapara o mercado, que rumava na onda capitalista marcada pelo imperativo do consumo, geradora da sociedade da abundância e do desperdício, onde até os sujeitos viram objetos. Enfim, a política cultural degradou-se em lazer massificante a serviço de um sistemacastrador, convertendo direitos adquiridos historicamente em meros serviços a serem comprados ou vendidos. Um mecanismo de reforço a um mercado para poucos, que a nada mais servia do que à homogeneização das diferenças culturais e à desintegração do social.

Atualmente, em termos das políticas de governo, ainda é visível um forte movimento em busca da estabilidade financeira e do crescimento econômico (com a administração das taxas de inflação e superávit fiscal) que, por vezes, parece esquecer do grandeatraso educacional, social e cultural que a maior parte dos brasileiros continua a enfrentar. Assim, notamos que um empenho ainda maior deve ser tomado pelo Estado no âmbito da cultura, da educação, da ciência, da saúde e do meio ambiente (todas áreas primordiais para qualquer país no século XXI) nosentido de aliar efetivamente crescimento econômico com o pleno desenvolvimento humano da população.

Atos pelo Abaixo-assinado da Lei


A força da Cultura

Na ausência de amplo acesso aos bens e serviços culturais, a exclusão ultrapassa o aspecto material, produzindo outras marginalidades imensuráveis, afastando as pessoas de sua capacidade de imaginar, conhecer, partilhar, experimentar, inovar e pertencer, enfim, da democracia cultural.

A produção artística e as manifestações culturais estimulam o que há de mais poderoso nas pessoas: sua criatividade, imaginação, alteridade e subjetividade. A partir dessa compreensão e do entendimento de cultura como direito e cidadania, o Programa Cultura Viva e a prática social dos Pontos de Cultura vieram contestar e questionar a categoria do econômico como norteador das políticas públicas, ao fortalecerem o caráter emancipatório e transformador das práticas da vida cotidiana dos historicamente marginalizados na periferia, da vida dos ora subalternos e excluídos.

Dessa maneira, a política cultural da gestão Gil/Juca libertou o imaginário e despertou o senso crítico de mais de 8,4 milhões de brasileiros (dados do IPEA/2010), suprindo as demandas e necessidades de grupos sociais antes pouco (ou nada)contemplados pelas políticas públicas, tais como: populações indígenas, ribeirinhas, rurais, camponesas e sem-terra, remanescentes quilombolas, comunidades de baixa renda, mulheres, crianças, adolescentes, jovens e idosos. Isso talvez tenha incomodado a ordem estabelecida pelos regimes desumanos de dominação e alienação.

Nesse sentido, não entendemos como (logo em seus primeiros dias) o governo cortou tanto os orçamentos de órgãos e programas fundamentais (socialmente, economicamente e estrategicamente), nem como o MinC se comportou de maneira tão pasma sobre tal ameaça. Não podemos mais aceitar que a cegueira financeira-burocrata pressionada em nome da “ordem” ataque com sua navalha áreas cujas contribuições ao pleno desenvolvimento são mais quepotenciais, urgem sobre qualquer “verdade” estabelecida.

Desafios do Programa Cultura Viva e do Governo Dilma

Os Pontos de Cultura vem ocupando espaços, criando demandas e apresentando proposições que dificilmente a estrutura estatal tradicional seria capaz de imaginar isoladamente.

Os maiores problemas do Programa Cultura Viva são (paradoxalmente) suas maiores virtudes, ao expor o caráter excludente do aparelho estatal, denunciando sua grave inadequação para dialogar e contemplar a sociedade. Assim, o Programa evidencia não somente que aqueles que atuavam isoladamente na sustentação da diversidade cultural necessitam do apoio e do reconhecimento do Estado, mas que este também necessita deles com a mesma urgência. Portanto, entendemos que a solução não se resume a meros ajustes formais e burocráticos.

Para desenvolvermos plenamente nossa democracia, são imprescindíveis políticas voltadas à descentralização, inclusão e democratização dos bens e serviços. Ao fazer de seus beneficiários os próprios formuladores e implementadores das ações, o Programa ressalta a produção de alternativas, metodologias, conexões e práticas inovadoras entre sociedade e Estado, representando desafios fundamentais à gestão pública: uma aposta inadiável na nossa criatividade.

A partir do Programa, o Estado começou a perceber as potencialidades criativas e inventivas do povo brasileiro, reconhecendo a importância das formas organizacionais populares como tecnologia social a ser apreendida e empreendida. Assim, mais do que uma ação de governo, o Cultura Viva se tornou um conceito de política pública, que deve ser replicado em todas as áreas de atuação governamental.

Neste sentido, o Ministério da Cultura deve agir com energia. Não somente em defesa do Programa Cultura Viva e da política cultural estabelecida no Plano Nacional de Cultura, mas, sobretudo, para sensibilizar órgãos como o Banco Central, o TCU, o Ministério do Planejamento e a Casa Civil, sobre a necessidade urgente de novos marcos regulatórios, que inovem os canais de diálogos entre Estado e sociedade, que compreendam a diversidade de realidades de nosso país-continente e, sobretudo, que viabilizem ações para e com a população. Somente com esta perspectiva de gestão participativa e compartilhada conseguiremos traçar novas linhas de desenvolvimento que efetivamente elevem as condições de qualidade de vida e de cidadania do povo brasileiro.

Sendo assim, não queremos simplesmente jogar a responsabilidade para o Estado e delegar a ele a competência de “dar um jeito” na situação. Isso representaria uma atitude de desrespeito a tudo que temosconstruído. Queremos compartilhar osproblemas e construir conjuntamente as soluções, uma vez que temos muitas das respostas e que o Estado precisa da nossa experiência para se aperfeiçoar, rumo a uma nova cultura democrática.

Portanto, a defesa do Cultura Viva não se trata de mera reivindicação inócua. Os Pontos de Cultura estão aqui para contribuir, construir junto com o Estado esse novo caminho aberto pelo governo Lula. E disso, nós não abriremos mão.

O que mais queremos?

- Aprovação da Lei Cultura Viva, da Lei Griô e implantação do PNC ainda neste semestre;

- Lançar o Programa “Minha Sede, Minha Vida” para os Pontos de Cultura, com ocupação de espaços públicos ociosos, doações de terrenos e financiamentos a fundo perdido da União;

- Prioridade para o Programa Cultura Viva, com aumento progressivo de investimentos ano a ano;

- Efetivar espaços e mecanismos para uma gestão compartilhada do MinC com os Pontos;

- Pagamento imediato aos contemplados pelo Programa em editais e premiações de 2010;

- Fim do descaso aos vencedores de editais e premiações em exercícios anteriores a 2010, que até hoje não conseguiram desenvolver suas ações. Propomos a constituição de uma comissãopartilhada (Jurídico do MinC e representantes dos Pontos) para solucionarmos prontamente esta questão;

- Anistiar os Pontos que tiveram suas prestações comprometidas pela não adequação à Lei 8.666;

- Aprofundamento da política de Cultura Digital;

- Encaminhamento do projeto de Reforma da Lei de Direitos Autorais ainda neste semestre;

- Criação de um comitê interministerial de estudos para replicação do Programa Cultura Viva (enquanto conceito de política pública) para outras áreas de atuação do Estado.


Texto fortemente inspirado no livro “Seminário Internacional do Programa Cultura Viva: Novos Mapas Conceituais”

Walter Cedro
Mamulengo Sem Fronteiras


terça-feira, 24 de maio de 2011

Museu Histórico do Parecis: programe-se!

Foto: Silvia Schneiders

Exposição Etnográfica: "Arte e Cultura Paresi-Haliti"

Período: 23 de maio a 10 de junho

Horário de atendimento ao público
Matutino: terça-feira e quinta-feira, das 07h às 11h
Vespertino: segunda-feira e quarta-feira, das 13h às 17h

Escolas e Grupos interessados em visitar o Museu Histórico do Parecis devem agendar através do telefone: (65) 9957-0172 com Clarice.

O Museu Histórico do Parecis está localizado na rua São Paulo, 372 - NE, Centro, ao lado do Indeia.

Comissão de Educação debaterá o programa Cultura Viva

A Comissão de Educação e Cultura promove debate na próxima quinta-feira (26) sobre o Projeto de Lei 757/11, da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que institui o programa Cultura Viva. Vinculado ao Ministério da Cultura, o programa já existe desde 2005. Segundo a autora da proposta, o objetivo é torná-lo uma política cultural permanente de Estado, garantindo recursos para a sua execução.

Feghali, que solicitou a audiência pública, está preocupada que os crescentes cortes orçamentários no setor também atinjam as verbas do programa, considerada por ela como “a política pública mais democrática já implementada no País”. Ela lembrou que somente neste ano os cortes já atingiram 55% do orçamento previsto para a área de cultura.

“Muitas fundações e entidades estão enfrentando graves dificuldades para sobreviver e manter as suas atividades”, explica. A parlamentar, que é presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Cultura, acredita que a discussão da matéria é fundamental para que se atenda ao objetivo de promover uma política pública que garanta a todos o pleno exercício dos direitos culturais e o acesso às fontes de cultura nacional, assegurados pela Constituição. Ela promoveu consulta pública sobre o projeto em seu site até 20 de maio.


Objetivos do programa

O Programa Nacional de Cultura, Educação e Cidadania – conhecido como Cultura Viva – engloba diversos projetos como os Pontos de Cultura (articula trabalhos culturais locais); os Pontos de Mídia Livre (desenvolve novas mídias e ferramentas de comunicação compartilhadas e colaborativas); a Ação Griô (valoriza a tradição oral); e o Cultura Digital (desenvolve plataformas de produção e difusão cultural em ambientes da internet e suportes audiovisuais); entre outros. O público prioritário do programa é a população de baixa renda e moradores de áreas com baixa oferta de serviços públicos e de regiões com grande relevância para a preservação do patrimônio histórico, cultural e ambiental brasileiro.

Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), citados pela deputada, nos últimos seis anos, o Cultura Viva reconheceu, potencializou e conectou em rede cerca de 4 mil organizações culturais do Brasil através dos Pontos de Cultura. Cerca de 8 milhões de brasileiros foram beneficiados.

Apoio

O Cultura Viva foi idealizado pelo historiador Célio Turino, que foi secretário de Cidadania Cultural no Ministério da Cultura. Turino, que é um dos convidados para a audiência pública, considera positiva a iniciativa de instituir o programa por lei. “A lei garantirá que todas as conquistas não se percam com mudanças de governo”, afirma.

A Comissão Nacional dos Pontos de Cultura também já manifestou apoio ao projeto de lei. Na quarta-feira (25), os pontos de cultura realizarão marcha em Brasília em apoio ao programa e à transformação do Cultura Viva em lei. O objetivo da marcha também é pedir ao ministério prioridade para o programa, com garantia de pagamento de todos os editais e premiações já realizados e de abertura de novos editais este ano. O representante do Movimento Nacional dos Pontos de Cultura na comissão nacional sobre o tema, Geraldo Britto Lopes, também será ouvido na audiência.

No dia 12 de maio, o Ministério da Cultura publicou comunicado informando que honrará os Restos a Pagar dos anos de 2009 e 2010, relativos a convênios e prêmios dos Cultura Viva. A secretária de Cidadania Cultural do ministério, Marta Porto, vai explicar na audiência pública como os pagamentos será feitos.

Também serão ouvidos:
- o professor Giuseppe Cocco, da Rede Universidade Nômade do Programa de Pós-Graduação da Escola de Comunicação da UFRJ;
- o coordenador dos Projetos Grão de Luz e Griô e Ação Griô Nacional, Márcio Griô; e - o artista e educador comunitário Francisco Simões de Oliveira Neto (Chico Simões).

O debate ocorrerá às 10 horas no Plenário 12.

Fonte: http://www2.camara.gov.br

Museu de Arte Sacra sedia II Fórum do Sistema Estadual de Museus

De 16 a 22 de maio aconteceu a 9ª Semana de Museus. O evento foi promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/Ministério da Cultura) em parceria com os museus brasileiros para comemorar o Dia Internacional de Museus (18 de maio). Cuiabá não ficou de fora e os museus da capital realizaram programações especiais em comemoração a essa data.


Além de exposições, palestras e oficinas, também aconteceu em meio à programação o II Fórum do Sistema Estadual de Museus de Mato Grosso - SEM/MT. O Fórum foi realizado no Museu de Arte Sacra, no dia 20, às 14h e contou com a participação de representantes dos museus e profissionais do segmento. O Fórum teve a presença do Secretário de Estado de Cultura, João Malheiros, que fez a fala de abertura, Maria Antulia Leventi, Coordenadora do Patrimônio Histórico da SEC e Cláudio Conte, superintendente regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural (IPHAN)

Para o II Fórum a pauta foi debater a política para os museus do estado, apresentar as ações desenvolvidas pelo SEM, os encaminhamentos da última reunião que aconteceu na Secretaria de Estado de Cultura, estratégias para a articulação dos museus para a Copa de 2014 e deliberar os direcionamentos que deverão ser entregues a AGECOPA, discutir a respeito de um espaço para o setor, debater sobre museus na Assembléia Legislativa e definir o cronograma das ações para o segundo semestre de 2011.

Sobre o Sistema Estadual de Museus - SEM

O objetivo do Sistema Estadual de Museus é sistematizar e implementar políticas de integração e incentivo aos museus de todo o estado. O Sistema Estadual de Museus SEM-MT foi criado através do Decreto nº959/2007, de 05.12.2007. Sua constituição foi para articular e mapear os museus existentes ou em fase de implantação no Estado, a fim de promover a integração entre instituições e a troca de informações entre os profissionais de museus. Além de promover ações que possibilitam a inclusão dos cidadãos nos espaços museais, dentro de uma nova perspectiva, mais moderna de utilização dos Museus, sistemáticas que favorecem a revitalização dos museus existentes e a criação e implantação de novos espaços.

Porém, mais que realizar atividades em comemoração a 9ª Semana de Museus, o setor não vê momento mais oportuno para a discussão e debate que durante esta programação. Cuiabá será uma das cidades sede da Copa do Mundo de 2014, e assim como os demais setores, os Museus precisam se articular e se preparar para este evento. A capital receberá turistas de várias partes do país e do mundo, sendo os museus guardiões da história, memória e cartões-postais das cidades, portanto precisam estar preparados para receber esse público. Ainda, a importância em articular o segmento museal não reside apenas na Copa de 2014, e sim no potencial que esse espaço representa para a sociedade como um todo. É preciso repensar o conceito de museu e as possibilidades cognitivas do espaço museal, buscando aproximar os museus da população e de outras instituições, como as escolas e universidades, por exemplo.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Proposta transforma programa Cultura Viva em lei

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 757/11, da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que transforma em lei o programa Cultura Viva, do Ministério da Cultura. O programa existe desde 2005. Segundo a deputada, o objetivo é torná-lo uma política cultural permanente.

De acordo com o projeto, o programa é destinado a estudantes e jovens, comunidades tradicionais indígenas, rurais e quilombolas e agentes culturais, artistas e professores. Atualmente, o público prioritário do Cultura Viva é formado por população de baixa renda e moradores de áreas com baixa oferta de serviços públicos, habitantes de regiões com grande relevância para preservação do patrimônio histórico, cultural e ambiental brasileiro, além dos citados no projeto.

O programa tem objetivo de promover uma gestão compartilhada e participativa da cultura. A seleção dos beneficiários do Cultura Viva, segundo o projeto, será feita por editais analisados por comissão julgadora paritária entre membros do Poder Público e da sociedade civil.

A proposta mantém as ações do programa, como:
- Pontos de Cultura, para articular os trabalhos culturais;
- Pontões de Cultura, para gerenciar regionalmente os Pontos de Cultura;
- Pontos de Mídia Livre, para desenvolver novas mídias e ferramentas de comunicação compartilhadas e colaborativas;
- Escola Viva, para articular os Pontos de Cultura e instituições de ensino;
- Ação Griô, para valorizar a tradição oral;
- Cultura Digital, para desenvolver plataformas de produção e difusão cultural nos ambientes da internet e suportes audiovisuais;
- Interações Estéticas, para promover diálogo entre artista e comunidade;
- Agente Jovem de Cultura Viva, para estimular o protagonismo juvenil e difusão de bens e produtos culturais.

“O Cultura Viva, como política pública, potencializa a riqueza e a diversidade cultural brasileira, dando poder a atores, compartilhando ideias e valores e intensificando a interação entre os sujeitos e seu meio”, afirmou Jandira Feghali.

Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), citados pela deputada, há mais de 8 milhões de pessoas envolvidas na rede dos 3 mil Pontos de Cultura.

Tramitação

A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Educação e Cultura; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

Professora Amanda Gurgel - Democracia: para refletir!

Para refletir!


"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz."


Platão

domingo, 22 de maio de 2011

Teatro Ogan elege nova Diretoria

Teatro Ogan terá primeira Diretora Presidente em seus 16 anos de existência.


No próximo dia 28 de maio de 2011, às 18h, em sua sede, o Teatro Ogan elegerá sua diretoria executiva para a gestão 2011/2013.

Eleita a cada dois anos, a Executiva do Teatro Ogan é composta por Diretor Presidente, Diretor Adjunto, Secretário e Tesoureiro. Juntamente, é eleito o Conselho Fiscal, composto por 3 conselheiros titulares e 1 conselheiro suplente. As candidatas ao cargo máximo dentro da Executiva são Jeane Carla e Adriana Marquetto.

A próxima diretoria tem a responsabilidade de dar continuidade aos trabalhos que vêm sendo desenvolvidos pelo Teatro Ogan, a exemplo do Ponto de Cultura Ninho do Sol e o Festival EncenArte de Cenas Curtas, dentre outros.

"Morto o cão, terminou a raiva?" - Democracia, para refletir!


Estimado Barack, ao dirigir-te esta carta o faço fraternalmente para, ao mesmo tempo, expressar-te a preocupação e indignação de ver como a destruição e a morte semeada em vários países, em nome da “liberdade e da democracia”, duas palavras prostituídas e esvaziadas de conteúdo, termina justificando o assassinato e é festejada como se tratasse de um acontecimento desportivo.

Indignação pela atitude de setores da população dos Estados Unidos, de chefes de Estado europeus e de outros países que saíram a apoiar o assassinato de Bin Laden, ordenado por teu governo e tua complacência em nome de uma suposta justiça. Não procuraram detê-lo e julgá-lo pelos crimes supostamente cometidos, o que gera maior dúvida: o objetivo foi assassiná-lo.

Os mortos não falam e o medo do justiçado, que poderia dizer coisas inconvenientes para os EUA, resultou no assassinato e na tentativa de assegurar que “morto o cão, terminou a raiva”, sem levar em conta que não fazem outra coisa que incrementá-la.

Quando te outorgaram o Prêmio Nobel da Paz, do qual somos depositários, te enviei uma carta que dizia: “Barack, me surpreendeu muito que tenham te outorgado o Nobel da Paz, mas agora que o recebeu deve colocá-lo a serviço da paz entre os povos; tens toda a possibilidade de fazê-lo, de terminar as guerras e começar a reverter a situação que viveu teu país e o mundo”.

No entanto, ao invés disso, você incrementou o ódio e traiu os princípios assumidos na campanha eleitoral frente ao teu povo, como terminar com as guerras no Afeganistão e no Iraque e fechar as prisões em Guantánamo e Abu Graib no Iraque. Não fez nada disso. Pelo contrário, decidiu começar outra guerra contra a Líbia, apoiada pela OTAM e por uma vergonhosa resolução das Nações Unidas. Esse alto organismo, apequenado e sem pensamento próprio, perdeu o rumo e está submetido às veleidades e interesses das potências dominantes.

A base fundacional da ONU é a defesa e promoção da paz e da dignidade entre os povos. Seu preâmbulo diz: “Nós os povos do mundo...”, hoje ausentes deste alto organismo.

Quero recordar um místico e mestre que tem uma grande influência em minha vida, o monge trapense da Abadia de Getsemani, em Kentucky, Tomás Merton, que diz: “a maior necessidade de nosso tempo é limpar a enorme massa de lixo mental e emocional que entope nossas mentes e converte toda vida política e social em uma enfermidade de massas. Sem essa limpeza doméstica não podemos começar a ver. E se não vemos não podemos pensar”.

Você era muito jovem, Barack, durante a guerra do Vietnã e talvez não lembre a luta do povo norteamericano para opor-se à guerra. Os mortos, feridos e mutilados no Vietnã até o dia de hoje sofrem as consequências dessa guerra.

Tomás Merton dizia, frente a um carimbo do Correio que acabava de chegar, “The U.S. Army, key to Peace” (O Exército dos EUA, chave da paz): “Nenhum exército é chave da paz. Nenhuma nação tem a chave de nada que não seja a guerra. O poder não tem nada a ver com paz. Quanto mais os homens aumentam o poder militar, mais violam e destroem a paz”.
Acompanhei e compartilhei com os veteranos da guerra do Vietnã, em particular Brian Wilson e seus companheiros que foram vítimas dessa guerra e de todas as guerras.

A vida tem esse não sei o quê do imprevisto e surpreendente fragrância e beleza que Deus nos deu para toda a humanidade e que devemos proteger para deixar às gerações futuras uma vida mais justa e fraterna, reestabelecendo o equilíbrio com a Mãe Terra.

Se não reagirmos para mudar a situação atual de soberba suicida que está arrastando os povos a abismos profundos onde morre a esperança, será difícil sair e ver a luz; a humanidade merece um destino melhor. Você sabe que a esperança é como o lótus que cresce no barro e floresce em todo seu esplendor mostrando sua beleza.

Leopoldo Marechal, esse grande escritor argentino, dizia que: “do labirinto, se sai por cima”.

E creio, Barack, que depois de seguir tua rota errando caminhos, você se encontra em um labirinto sem poder encontrar a saída e te enterra cada vez mais na violência, na incerteza, devorado pelo poder da dominação, arrastado pelas grandes corporações, pelo complexo industrial militar, e acredita ter todo o poder e que o mundo está aos pés dos EUA porque impõem a força das armas e invade países com total impunidade. É uma realidade dolorosa, mas também existe a resistência dos povos que não claudicam frente aos poderosos.

As atrocidades cometidas por teu país no mundo são tão grandes que dariam assunto para muita conversa. Isso é um desafio para os historiadores que deverão investigar e saber dos comportamentos, políticas, grandezas e mesquinharias que levaram os EUA á monocultura das mentes que não permite ver outras realidades.

A Bin Laden, suposto autor ideológico do ataque às torres gêmeas, o identificam como o Satã encarnado que aterrorizava o mundo e a propaganda do teu governo o apontava como “o eixo do mal”. Isso serviu de pretexto para declarar as guerras desejadas que o complexo industrial militar necessitava para vender seus produtos de morte.

Você sabe que investigadores do trágico 11 de setembro assinalam que o atentado teve muito de “auto golpe”, como o avião contra o Pentágono e o esvaziamento prévios de escritórios das torres; atentado que deu motivo para desatar a guerra contra o Iraque e o Afeganistão, argumentando com a mentira e a soberba do poder que estão fazendo isso para salvar o povo, em nome da “liberdade e defesa da democracia”, com o cinismo de dizer que a morte de mulheres e crianças são “danos colaterais”. Vivi isso no Iraque, em Bagdá, com os bombardeios na cidade, no hospital pediátrico e no refúgio de crianças que foram vítimas desses “danos colaterais”.

A palavra é esvaziada de valores e conteúdo, razão pela qual chamas o assassinato de “morte” e que, por fim, os EUA “mataram” Bin Laden. Não trato de justificá-lo sob nenhum conceito, sou contra todas as formas de terrorismo, desde a praticada por esses grupos armados até o terrorismo de Estado que o teu país exerce em diversas partes do mundo apoiando ditadores, impondo bases militares e intervenção armada, exercendo a violência para manter-se pelo terror no eixo do poder mundial. Há um só eixo do mal? Como o chamarias?

Será que é por esse motivo que o povo dos EUA vive com tanto medo de represálias daqueles que chamam de “eixo do mal”? É simplismo e hipocrisia querer justificar o injustificável.

A Paz é uma dinâmica de vida nas relações entre as pessoas e os povos; é um desafio à consciência da humanidade, seu caminho é trabalhoso, cotidiano e portador de esperança, onde os povos são construtores de sua própria vida e de sua própria história. A Paz não é dada de presente, ela se constrói e isso é o que te falta meu caro, coragem para assumir a responsabilidade histórica com teu povo e a humanidade.

Não podes viver no labirinto do medo e da dominação daqueles que governam os EUA, desconhecendo os tratados internacionais, os pactos e protocolos, de governos que assinam, mas não ratificam nada e não cumprem nenhum dos acordos, mas pretendem falar em nome da liberdade e do direito. Como pode falar de Paz se não quer assumir nenhum compromisso, a não ser com os interesses de teu país?

Como pode falar da liberdade quanto tem na prisão pessoas inocentes em Guantánamo, nos EUA e nas prisões do Iraque, como a de Abu Graib e do Afeganistão?

Como pode falar de direitos humanos e da dignidade dos povos quando viola ambos permanentemente e bloqueia quem não compartilha tua ideologia, obrigando-o a suportar teus abusos?

Como pode enviar forças militares ao Haiti, depois do terremoto devastador, e não ajuda humanitária a esse povo sofrido?

Como pode falar de liberdade quando massacra povos no Oriente Médio e propaga guerras e tortura, em conflitos intermináveis que sangram palestinos e israelenses?

Barack, olha para cima de teu labirinto e poderá encontrar a estrela para te guiar, ainda que saiba que nunca poderá alcançá-la, como bem diz Eduardo Galeano. Busca a coerência entre o que diz e faz, essa é a única forma de não perder o rumo. É um desafio da vida.

O Nobel da Paz é um instrumento ao serviço dos povos, nunca para a vaidade pessoal.

Te desejo muita força e esperança e esperamos que tenha a coragem de corrigir o caminho e encontrar a sabedoria da Paz.

Adolfo Pérez Esquivel, Nobel da Paz 1980.
Buenos Aires, 5 de maio de 2011

Encontro aproxima danças contemporânea e afro-brasileira


No dia 24 de maio de 2011, o Centro Coreográfico do Rio de Janeiro (CCO) sedia o encontro Interface da Dança Contemporânea com a Dança Africano-Brasileira. Uma parceria entre o Núcleo Experimental de Dança Afro-Brasileira e o CCO, o evento promoverá exibição de vídeos seguida de conversa com coreógrafos convidados.

A programação terá "Corpo Dagua" de Monica da Costa e João Mors, "Tramas e Tessituras: uma Travessia" de Maria Ignez Calfa, "O Rito de Ismael Ivo" de Ari Candido Fernandes, "Maré Marê" de Kathia Gualter e Ana Paula Nunes, "O Rio de Muane" de Denise Zenícola, e "Balé de Pé no Chão" de Lilian Solá Santiago e Marianna Monteiro. Em seguida, conversam com o público os coreógrafos Rubens Barbot, Carmen Luz, Ignez Calfa, Valeria Monä, Tatiana Damasceno, Dandara Magón, Kátia Gualter, Denise Zenicola, Débora Campos e Julio Rocha.

O encontro faz parte do projeto de pesquisa Interface da Dança Contemporânea com a Dança Afro-Brasileira, de Mônica da Costa, contemplado pelo edital Bolsa Funarte de Criação e Produção Critica na Interface dos Conteúdos Artísticos com Culturas Populares. A programação começa às 14h e o Centro Coreográfico fica na Rua José Higino 115, Tijuca. Telefone: (21) 2570 1247.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Para refletir!


"Se todos cuidassem do planeta com a dedicação com que cuidam de suas fazendinhas do Orkut, o mundo seria outro."

Autor desconhecido

Secretaria de Cultura realiza Teia Mato Grosso


Nós estaremos lá!

É Cultura? Tá no Ponto!

Apresentação de "Amure" é transferida


O espetáculo "Amure" do Teatro Ogan previsto para acontecer nesta noite, 18 de maio, foi transferido por motivo de luto para o dia 25 de maio, próxima quarta-feira, às 19h30, no pátio do Museu Histórico do Parecis.

Pedimos a compreensão de todos!

Teatro Ogan
Museu Histórico do Parecis

terça-feira, 17 de maio de 2011

Teatro Ogan apresenta "Amure" na Semana dos Museus

"Amure", apresentação realizada em Curitiba

A Semana dos Museus 2011, cujo tema é "Museu e Memória" iniciou sua programação em Campo Novo do Parecis no último dia 13 e segue até o dia 20 de maio, com palestras, oficinas, visitação ao museu e apresentação cultural.

O Teatro Ogan está inserido na programação com o espetáculo "Amure", de autoria de Van César, direção de Alexandre Rolim e produção de Sílvia Schneiders. A apresentação acontecerá na noite de quarta-feira, 18 de maio, às 19h30, no pátio do Museu Histórico.

"Amure" representou Campo Novo do Parecis neste ano de 2011 no 13º Fringe, evento que faz parte do 20º Festival de Curitiba, considerado o maior festival de teatro da América Latina e o segundo maior do mundo.

"Você é Amure, uma nova visão de Wazare..."

Sobre "Amure"

O espetáculo narra a trajetória de Kamayose, um jovem indígena da etnia Paresí-Haliti, que, após ser chamado pelo mundo espiritual, adentra nos mistérios de sua própria cultura rumo ao seu passado imemorial, na região de Ponte de Pedra.

Com o apoio de sua mãe (a velha cacique) e guiado por personagens como o Pai-do-Mato, Katimalalo - a serpente espírito, Katiyatiyaonero - o espírito das águas, e Soetete - o pássaro espírito, Kamayose faz uma viagem mágica dentro de sua própria cultura e na memória coletiva de seu povo.

"Enfim, amanheço!"

O espetáculo é uma aula de história sobre a ocupação humana no Chapadão do Parecis, mostrando as relações que o povo Haliti travou com os colonizadores, as missões jesuíticas, a marcha de Mal. Rondon e os bandeirantes, o que ocasionou um rápido processo de aculturação, de perda de cultura, por parte dos indígenas.

Um espetáculo para apreciar e questionar!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Museu Histórico do Parecis reabre com a Exposição etnográfica "Cultura e Tradição Paresí-Haliti"

Inaugurado em dezembro de 2009, o Museu Histórico do Parecis passou por um processo de reorganização de estrutura e documentação, e reabrirá suas portas amanhã, dia 17 de maio, às 19h.

Criado pela Lei nº 1.354/2010, de 09 de abril de 2010, o Museu é um espaço cultural ligado ao Departamento de Cultura que está sendo novamente entregue à comunidade para que a mesma possa se reconhecer neste mesmo espaço e desenvolver sua cidadania.


Indígenas da Terra Utiariti com sua vestimentas e pintura corporal típicas

“Cultura e Tradição Paresí-Haliti”

A exposição etnográfica “Cultura e Tradição Paresí-Haliti” celebra a produção artesanal indígena, cuja utilização remete às atividades relacionadas ao cotidiano nas aldeias da Terra Indígena Utiariti: caça, pesca, vestuário e rituais.

Nesta exposição destaca-se a beleza e a função das peças do cotidiano indígena ligadas à sua cultura e tradição. Os artefatos arqueológicos provenientes de sítios e abrigos demonstram a ocupação indígena nesta região. As produções artesanais representadas pela arte plumária, pela tecelagem, pela cestaria, pelas armas de caça e pesca e pelos objetos de madeira, carregam em si o seu sentido e significado.

Abali (peneiras) trançadas por Dilso Zokezomae, da Aldeia Bacaval

Os objetos que se apresentam podem causar estranheza aos nossos olhos, mas certamente nos incitam a refletir sobre o seu conteúdo simbólico de representação inseridos nos modos de vida da cultura indígena Paresí-Haliti.

Vanderlei César Guollo
Curador da Mostra

Semana dos Museus na Casa de Dom Aquino

A Semana Nacional dos Museus acontece anualmente em comemoração ao Dia Internacional dos Museus, dia 18 de Maio. E para o ano de 2011 o tema escolhido foi “Museu e Memória”.

Casa de Dom Aquino, o Museu de Pré-História de Mato Grosso

Todos os Museus do Brasil participam com programações locais alusivas ao tema. E o Museu de Pré-História Casa Dom Aquino colabora com a programação a seguir:

16/05 – 08h às 09h15 – Palestra com Rosângela Barbosa Silva, Museologa, mestre em patrimônio. Tema: Museu e Memória;

16/05 – 14h às 17h – Palestra Manejo de Orquídeas, Silvana Hirooka, Mestre em agricultura Tropical;

17/05 – 08h30 às 11h30 - Palestra com Ailton Carlos Scarpini, Historiador, Tema: Réplicas de Dinossauros e inauguração da exposição “fosseis de dinossauros”.

17/05 – 14h às 17h30 - Manejo de orquídeas (Prática)

18/05 - 08h às 11h30 - Exibição de Filme “ Era dos Dinossauros” e monitoria de escolas;

18/05 – 13h30 às 17h30 - Exibição de Filme “ Era dos Dinossauros” e monitoria de escolas;

19/05 – 08h às 11h30 - Ação educativa: Doação de mudas de árvores nativas do Mato Grosso e visitas monitoradas;

19/05 – 13h30 às 17h30 - Ação educativa: Doação de mudas de árvores nativas do Mato Grosso e visitas monitoradas;

20/05 – 08h às 11h30 - Exibição de Filme “Era dos Dinossauros” e visitas monitoradas;

20/05 – 13h30 às 17h30 - Exibição de Filme “ Era dos dinossauros” e visitas monitoradas;

21/05 – 08h às 11h30 - Exposição Arqueológica e Paleontológica com a comunidade.

O Museu está localizado á Avenida Beira Rio, s/n° - fundos da Paraná veículos, e o agendamento das atividades deverá ser feito através do telefone (65) 3634-4858.

Cidadão Camponovense - Cacique Narciso Kazoizae

Segunda de uma série de postagens onde se enfatizam os aspectos históricos e sociais de pessoas que, pelo seu relevante serviço prestado ao município de Campo Novo do Parecis, receberam o Título de Cidadão Camponovense.

Cacique Narciso da Aldeia Quatro Cachoeiras, na entrega do título

Em 1940, em uma tapera localizada à beira do Rio Sacre, formou-se um acampamento de índios Paresi (Haliti), onde se encontravam juntos o senhor João “Garimpeiro” e seu irmão Narciso Kazoizae.

No início da década de 70, a partir de um acampamento de índios Paresí que iniciaram o corte de seringais nativos nas matas de galerias que acompanham o curso do Rio Sacre, no auge da produção da borracha, o sr. Narciso Kazoizae chegou acompanhado apenas pela mulher e duas filhas menores, sendo o primeiro morador permanente do local, Aldeia Seringal.

Com o declínio do preço da borracha muitas famílias foram embora em busca de outros lugares para sobreviverem, mas mesmo assim o sr. Narciso Kazoizae permaneceu na região e começou a cultivar roças no sistema tradicional, sobrevivendo exclusivamente das atividades da coleta de frutas silvestres, roça tradicional, artesanato.

Cacique Narciso sendo conduzido na solenidade do título

Com o passar dos anos o sr. Narciso Kazoizae foi cansando da vida próxima dosimuti (branco), e resolveu voltar ao seu lugar de origem, onde hoje formou-se a comunidade das Quatro Cachoeiras, pois este sempre conservou a sua cultura, o seu idioma (língua Aruak).

Este é um singelo resumo de uma história de vida grandiosa, a história do Índio Narciso, Cacique Narciso, uma referência e um exemplo de vida. O Cacique Narciso é um símbolo de resistência, no sentido de sobrevivência e de persistência cultural, que para conservar e perpetuar a sua cultura, não deixando que seu modo de vida e seus costumes se perdessem na convivência com os imuti (branco).

A Câmara Municipal ao conceder o Título de Cidadão Honorário Camponovense ao Cacique Narciso, apenas formaliza uma situação de fato, já que é notório e indiscutível o valor e a obra de um dos primeiros moradores dessa região, arraigado nessa terra. Jamais se contará a história de Campo Novo do Parecis sem se mencionar a história do Cacique Narciso.

domingo, 15 de maio de 2011

Governo Municipal promove a Semana dos Museus

Em comemoração à 9ª Semana Nacional dos Museus, evento promovido pelo Instituto Brasileiro dos Museus (Ibram), o Governo Municipal de Campo Novo do Parecis em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso organizou para o período de 13 à 20 de maio, uma programação toda direcionada ao "Museu e Memória" - tema desta 9ª semana.

"Museu e Memória" conduziu o tema da palestra

Palestra: Implantação e Gestão de Museu em Mato Grosso

A palestra oferecida pela Secretaria de Estado de Cultura e ministrada pela gestora do Museu de Arte Sacra de Mato Grosso, Viviene Lozi, atraiu um pequeno número de pessoas ao Plenário da Câmara de Vereadores na noite de 13 de maio, apesar da intensa divulgação feita junto às escolas, entidades, órgãos municipais, rádios, tv, jornais e sites.

Entretanto, os poucos que compareceram puderam apreciar uma excelente palestra, com muito conteúdo, que mostrou o que é um museu, sua função na comunidade, as possibilidades de educação patrimonial trabalhadas nestas instituições, dentre outros assuntos pertinentes ao tema.

Além de professores de nossas redes de ensino, estiveram presentes o secretário de Educação e Cultura, Leandro Martins, a presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Edlamá Batista Marques e a coordenadora da Sala de Memória de Tangará da Serra, Ana Cristina.

Viviene Lozi, gestora do Museu de Arte Sacra de Mato Grosso

Oficina: Organização do Museu Histórico do Parecis

Na manhã e tarde de ontem, 14 de maio, foram trabalhados conceitos teóricos aplicados na prática na organização e gestão do Museu Histórico do Parecis.

Dentre os assuntos abordados, estavam a implantação e gestão de um museu, o Plano Museal, a gestão da informação e redes de informação, inventário e catalogação, política de documentação: da aquisição ao descarte, e o Sistema Estadual de Museus.

O objetivo primordial da oficina foi apoiar na organização da Exposição "Cultura e Tradição Paresí-Haliti" que será aberta ao público na próxima terça-feira, dia 17 de maio, às 19h, mostrando à comunidade camponovense o acervo indígena do Museu Histórico do Parecis.

Oficina no Museu Histórico do Parecis

Sobre o Museu

Criado pela Lei nº 1.354/2010, de 09 de abril de 2010, o Museu Histórico do Parecis é um espaço cultural ligado ao Departamento de Cultura que tem a finalidade de recolher, inventariar, estudar, expor e divulgar os testemunhos da cultura material e imaterial como forma de promover cidadania.

União homoafetiva - Democracia: para refletir!

Ministros do STF reconhecem por unanimidade união estável para casais homossexuais.

Ministros do Supremo Tribunal Federal reunidos

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu, na quinta-feira, 05 de maio, equiparar as relações entre homossexuais às uniões estáveis entre heterossexuais. Por unanimidade, a união homoafetiva foi reconhecida como um núcleo familiar como qualquer outro, ficando suscetível aos mesmos direitos e obrigações de casais formados por homens e mulheres.

Na prática, os casais homossexuais, para serem reconhecidos em uma união estável, precisam cumprir os mesmo requisitos de casais heterossexuais, como convivência pública, duradoura e contínua. A exigência de um prazo mínimo de convivência foi abolida em 1996. Para reconhecer a união, eles devem procurar um cartório e registrar a estabilidade da relação.

Com a decisão, 112 direitos que até então eram exclusivos aos casais formados por homem e mulher poderão ser estendidos aos casais homossexuais, como comunhão de bens, pensão alimentícia, pensão do INSS, planos de saúde e herança. Mas como todos esses processos envolvem a Justiça, os casais homossexuais ainda terão de encarar os tribunais para fazer valer seus direitos, mas agora da mesma forma que casais heterossexuais.

União homoafetiva: "Todos são iguais perante a Lei"

O ministro Ayres Britto, relator dos processos, afirmou, após o fim da sessão, que o Supremo realmente equiparou todos os direitos, mas preferiu não detalhar quais seriam eles porque isso é papel do Congresso. "Nossa decisão vale por si, não precisa de adendo e complemento do Legislativo. Mas isso não é um fechar de portas para o poder Legislativo, ele é livre para dispor sobre todas as consequências da nossa decisão. Em tese, está liberado", afirmou ele.

Dos 11 ministros do Supremo, apenas dez votaram, já que o ministro Antonio Dias Toffoli estava impedido de julgar o caso por ter atuado como advogado-geral da União nas ações, antes de assumir uma vaga no STF.