quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Teatro Ogan participa de celebração à Nossa Senhora Aparecida

Pintura representando a Virgem Maria

No último 12 de outubro foi celebrado o Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Dentro da programação, em Campo Novo do Parecis, ocorreu a Missa Magnificat, na Igreja Nossa Senhora Aparecida.

A Missa Magnificat, em sua 2ª edição, atraiu um grande numero de fiéis que lotaram a igreja para assitir a celebração em honra a Virgem Maria. Muitas apresentações de música, dança e poesia foram realizadas, encantando a todos que prestigiaram a missa.

O Centro Cultural foi convidado a participar com apresentações de balé com fitas coreografando a música "Magnificat", de Isabel Cristina, e balé clássico coreografando a música "Santo dos Santos", com a Banda Trazendo a Arca.

O Teatro Ogan foi convidado a recitar a primeira leitura, que narra a visão do Livro das Revelações, 12:1, feita pelo ator Alexandre Rolim. Também foi recitado "O Primeiro Milagre de Nossa Senhora Aparecida", de autoria de Adelmar Tavares, com o ator Vanderlei César.

O que é o Magnificat

Magnificat (também conhecida como Canção de Maria) é um cântico entoado (ou recitado) frequentemente na liturgia dos serviços eclesiásticos cristãos. O texto do cântico vem diretamente do Evangelho segundo Lucas, onde é recitado pela Virgem Maria na ocasião da Visitação de sua prima Isabel.

Na narrativa, após Maria saudar Isabel, que está grávida com aquele que será conhecido como João Batista, a criança se mexe dentro do útero de Isabel. Quando esta louva Maria por sua fé, Maria entoa o Magnificat como resposta:

"A minh'alma engrandece o Senhor e o meu espírito se alegrou em Deus meu Salvador
Pois Ele me contemplou na humildade da sua serva
Pois desde agora e para sempre me considerarão bem-aventurada
Pois o Poderoso me fez grandes coisas

Santo é Seu nome!

A Sua misericórdia se estende a toda a geração daqueles que o temem
Com o Seu braço agiu mui valorosamente
Dispersou os que no coração tem pensamentos soberbos
Derrubou dos seus tronos os poderosos

Exaltou os humildes, encheu de bens os famintos
despediu vazios os ricos
Amparou a Israel Seu servo para lembrar-se da Sua misericórdia
A favor de Abraão e sua descendência
Como havia falado a nossos pais.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo,
Como era no princípio, agora e sempre.
Amém."

O cântico ecoa diversas passagens do Antigo Testamento, porém a alusão mais notável são as feitas à Canção de Ana, dos Livros de Samuel. Juntamente com o Benedictus, e diversos outros cânticos do Antigo Testamento, o Magnificat foi incluído no Livro de Odes, uma antiga coletânea litúrgica encontrada em alguns manuscritos da Septuaginta.


Pescadores que presenciaram o primeiro milagre

O MILAGRE DE NOSSA SENHORA DE APARECIDA

Adelmar Tavares

Os homens não tinham peixe para o conde de Assumar.

Os barcos desciam nas águas escuras do rio deserto...
Os barcos subiam nas águas escuras do rio deserto...
Tornavam a subir... a descer... a tentar
Lançavam as redes... Puxavam as redes...
E as redes vazias! Sem nada pescar!

Os homens não tinham peixe para o conde de Assumar.

Domingos Garcia, caboclo valente,
Com os braços de ferro, tocava a empurrar
A triste canoa, sem nada pescar.

Pedroso gritava para os companheiros,
Que logo cortaram as águas escuras do rio deserto...
"- Olá, companheiros!Olá, canoeiros!
Que novas a dar? Que novas a dar?"
E a mesma resposta caía da noite,
Nos barcos vazios, sem nada pescar...

Os homens não tinham peixe para o conde de Assumar!

João Alves, aflito, já sem esperança,
Olhando as estrelas se pôs a rezar:
"- Santíssima Virgem, tem pena de mim!
Rainha Celeste, tem pena de mim!
És dona dos peixes que moram nas águas,
Ordena que venham encher nossos barcos
Que um só de teus gestos nos pode salvar!...
Dá-nos peixe pra Dom Pedro,
Para o conde de Assumar!"

E a rede atirando, com punho de mestre,
A rede nas águas se abriu em estrelas.
Caiu... foi ao fundo...

João Alves chorava,
João Alves rezava, tocado de fé!
Puxou de mansinho, que a rede pesava...
" - São peixes, são peixes, enfim...
Que Nossa Senhora tem pena de mim..."

Mas - oh! - luz estranha que vem dentro à rede,
É Nossa Senhora que vem dentro à rede,
Do pobre, do humilde, feliz pescador!
Que louco de alegre se põe a gritar:

" - Olá, canoeiros! Olá, companheiros!
Olá, pescadores que estais a pescar!
Milagre! Milagre! Fazei vossos lanços!
Que Nossa Senhora já me apareceu!"

E os homens todos tocados
De uma alegria sem par,
Encheram os barcos de peixes
Para o conde de Assumar.

Oh! Nossa Senhora, que ouviste o barqueiro,
Que ouviste há dois séculos o mundo inteiro, de nós não te vás!
Nem mesmo um instante, sequer, nos esqueças!
Tu, que apareceste, não desapareças
Daqui, desta Pátria! Jamais! Nunca mais!

Por Alexandre Rolim e Van César

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