quarta-feira, 16 de junho de 2010

Teatro Ogan aprova projeto no CMC

Ponte de Pedra, um "Jardim do Éden" em pleno cerrado matogrossense

O Conselho Municipal de Cultura encaminhou o projeto cultural "AMURE", proposição do Teatro Ogan, ao CEC - Conselho Estadual de Cultura para análise e aprovação. O projeto cultural concorre na 2ª edição do PROAC 2010 - Programa de Apoio à Cultura do estado de Mato Grosso, no Edital de Artes Cênicas - modalidade montagem de espetáculos.

Com uma proposta interessante de montagem, o espetáculo teatral "AMURE", de autoria de Van César e Alexandre Rolim, narra a história de um indígena da etnia Paresí-Haliti. Num processo de aculturação, o jovem indígena é chamado a questionar a situação atual de seu povo, numa viagem rumo ao seu passado imemorial.


A beleza e o colorido da atnia Paresí-Haliti

“Dizem os mais antigos que os pajés Haliti são capazes de voar...”

O espetáculo “AMURE” dará um panorama geral da situação atual dos indígenas da etnia Paresí-Haliti, que vivem na Terra Indígena Utiariti, entre os municípios de Campo Novo do Parecis, Tangará da Serra e Sapezal. Também na Terra Indígena Ponte de Pedra, entre os municípios de Campo Novo do Parecis, Diamantino e Nova Maringá.

Essa etnia milenar é conhecida desde os anos de 1700, considerada por muitos pesquisadores como um povo pacífico, que tem sofrido desde o seu contato com o não-índio um processo crescente de aculturação, de perda de seus valores míticos, sociais, culturais.

Apresentação durante os I Jogos Interculturais de Mato Grosso e passagem da Tocha Rio 2007

Este espetáculo tem como proposta principal questionar o contato entre culturas, e a perda de uma pela outra. Na história de um jovem indígena, será narrada a história de seu povo, desde o período atual até seu passado mítico. O espetáculo está sendo montado baseado em documentos e pesquisas das mais diversas fontes.

Ao todo serão 13 atores e equipe técnica que participarão do espetáculo. Durante o mesmo serão pronunciadas inúmeras palavras na língua mãe dos Peresí-Haliti e os figurinos e adereços também serão confeccionados por indígenas dessa etnia, como forma de valorização de todos os aspectos culturais.

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