quarta-feira, 30 de junho de 2010

Campo Novo do Parecis é selecionado no Vídeo Índio Brasil

Mostra de Cinema Indígena percorrerá todas as escolas públicas e particulares do município
Divulgação do VIB de 2009

Campo Novo do Parecis foi selecionado para exibir os filmes da Mostra de Cinema Indígena – Vídeo Índio Brasil (VIB 2010). O VIB acontecerá na cidade, através de parceria do Instituto Parecis Cultural (IPC) e o Ponto de Cultura Ninho do Sol.

O VIB consiste em uma Mostra de Cinema Indígena, com filmes sobre índios e realizados por índios, que acontecerá simultaneamente em mais de 100 cidades de todos os estados brasileiros na semana de 31 de julho a 07 de agosto de 2010.

A proposta é que o país inteiro, durante uma semana, aprenda um pouco mais sobre a cultura indígena, valorizando suas raízes, enriquecendo com o conhecimento tradicional milenar indígena, expandindo sua consciência para um Brasil mais democrático, justo e inclusivo.

Os filmes que serão exibidos foram filmados com índios ou por índios de diversas etnias como: Xavantes, Kuikuros, Xinguanos, Guaranis, Kaigangs, entre outros.

De acordo com o diretor-presidente do IPC, Vanderlei Guollo, os filmes do VIB serão exibidos de forma itinerante em escolas públicas e particulares do município. “O lançamento acontecerá no Plenário da Câmara Municipal no dia 31 de julho, aberto à toda a população, e depois um circuito itinerante chegará a todas as escolas de Campo Novo”, disse.

“Eventos como este promovem a integração entre culturas, desenvolvendo, principalmente, o respeito entre elas”, sintetizou Vanderlei. “Conhecer outras culturas, em toda a sua diversidade, como língua, vestimenta, alimentação, modo de celebrar e ritualizar, faz com que passemos a respeitá-las”, continuou.

“É incrível como, passados 500 anos, o não-índio ainda desconhece os indígenas do Brasil, considerando que todos vivem em ocas, vestem tanga e se alimentam de peixe”, concluiu.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

CMDCA lança Campanha do Fundo Municipal da Criança e do Adolescente

Projetos sociais podem ser apoiados pelo Fundo da Criança e do Adolescente

O Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA) lancará às 19h desta segunda-feira, dia 28 de junho, na sessão ordinária da Câmara de Vereadores, a Campanha do Fundo da Criança e do Adolescente, que visa contribuir para que crianças e adolescentes brasileiros tenham seus direitos garantidos.

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), toda pessoa física pode destinar até 6% de seu imposto devido diretamente aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente. Para pessoa jurídica, tributada pelo lucro real, a destinação é de até 1%. Dessa forma, qualquer cidadão pode contribuir com parte de seu imposto de renda a projetos sociais.

Esses Fundos são administrados pelos Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente, formados por representantes da sociedade civil e do governo, que visam garantir a execução da política dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Os Conselhos têm o papel de deliberar e controlar ações com foco em crianças e adolescentes e, por consequência, o uso dos recursos destinados aos referidos Fundos.

Biblioteca Ninho do Sol e Trupe Língua de Trapo podem ser apoiadas

Ninho do Sol será um dos beneficiados

O Ponto de Cultura Ninho do Sol, iniciativa do Teatro Ogan em parceria com o IPC, receberá o Certificado do CMDCA, como entidade que desenvolve projetos sociais direcionados às crianças e ao adolescentes, o que abre um leque de possibilidades e permitirá ao ponto de cultura angariar recursos visando sua sustentabilidade e desenvolvimento de atividades e ações junto à comunidade deste município.

sábado, 19 de junho de 2010

Ponto de Cultura lança blog da Biblioteca Ninho do Sol

Logo da Biblioteca Ninho do Sol - Leitura, conhecimento, cidadania!

Como parte das ações de divulgação do Ponto de Cultura Ninho do Sol e das atividades promovidas pelo mesmo e por seus parceiros, o Teatro Ogan lança o blog da Biblioteca Ninho do Sol.

O blog da biblioteca comunitária segue características semelhantes às do blog do Teatro Ogan, e buscará com o mesmo dinamismo divulgar as atividades do Ponto de Cultura Ninho do Sol junto à comunidade deste município e Estado, buscando ser um espaço cultural que visa o fortalecimento da leitura entre crianças e jovens.

Biblioteca Ninho do Sol

Seu acervo conta com aproximadamente 3.000 livros de literatura, meio ambiente, temática indígena, teatro e outros, e cerca de 80 fitas de vídeos infantis, todos doados pela comunidade de Campo Novo do Parecis e Biblioteca Estadual Estêvão de Mendonça. Assim, com o apoio desses benfeitores, a Biblioteca Ninho do Sol já nasce verdadeiramente comunitária.

Seu acervo está sendo catalogado pelo Sistema Biblioteca Fácil, e a mesma está registrada no SEBIP - Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas. Isso permite à mesma receber doações de livros e mídias da Fundação Biblioteca Nacional e do Conselho Estadual de Cultura.

Missão

"Fortalecer o hábito da leitura indagadora, reflexiva e crítica como forma de construção da cidadania".

A Biblioteca Ninho do Sol oferece diferentes atividades a cada dia da semana. Confira:

Segunda-feira - Hora do Conto;
Terça-feira - Jogos de Tabuleiro;
Quarta-feira - Leitura Divertida;
Quinta-feira - Brinquedoteca;
Sexta-feira - Cine Criança.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Teatro Ogan aprova projeto no CMC

Ponte de Pedra, um "Jardim do Éden" em pleno cerrado matogrossense

O Conselho Municipal de Cultura encaminhou o projeto cultural "AMURE", proposição do Teatro Ogan, ao CEC - Conselho Estadual de Cultura para análise e aprovação. O projeto cultural concorre na 2ª edição do PROAC 2010 - Programa de Apoio à Cultura do estado de Mato Grosso, no Edital de Artes Cênicas - modalidade montagem de espetáculos.

Com uma proposta interessante de montagem, o espetáculo teatral "AMURE", de autoria de Van César e Alexandre Rolim, narra a história de um indígena da etnia Paresí-Haliti. Num processo de aculturação, o jovem indígena é chamado a questionar a situação atual de seu povo, numa viagem rumo ao seu passado imemorial.


A beleza e o colorido da atnia Paresí-Haliti

“Dizem os mais antigos que os pajés Haliti são capazes de voar...”

O espetáculo “AMURE” dará um panorama geral da situação atual dos indígenas da etnia Paresí-Haliti, que vivem na Terra Indígena Utiariti, entre os municípios de Campo Novo do Parecis, Tangará da Serra e Sapezal. Também na Terra Indígena Ponte de Pedra, entre os municípios de Campo Novo do Parecis, Diamantino e Nova Maringá.

Essa etnia milenar é conhecida desde os anos de 1700, considerada por muitos pesquisadores como um povo pacífico, que tem sofrido desde o seu contato com o não-índio um processo crescente de aculturação, de perda de seus valores míticos, sociais, culturais.

Apresentação durante os I Jogos Interculturais de Mato Grosso e passagem da Tocha Rio 2007

Este espetáculo tem como proposta principal questionar o contato entre culturas, e a perda de uma pela outra. Na história de um jovem indígena, será narrada a história de seu povo, desde o período atual até seu passado mítico. O espetáculo está sendo montado baseado em documentos e pesquisas das mais diversas fontes.

Ao todo serão 13 atores e equipe técnica que participarão do espetáculo. Durante o mesmo serão pronunciadas inúmeras palavras na língua mãe dos Peresí-Haliti e os figurinos e adereços também serão confeccionados por indígenas dessa etnia, como forma de valorização de todos os aspectos culturais.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Integrantes do Teatro Ogan participam de curso de capacitação

A Fundação André Maggi lança em 2010 a "Oficina de Elaboração de Projetos e Captação de Recursos Financeiros" com o objetivo de compartilhar e disseminar conceitos para uma boa apresentação de projetos a parceiros financiadores.

Temas que serão trabalhados na Oficina:
- Desenvolvimento Sustentável e Economia Solidária
- Diagnóstico Participativo
- Análise de viabilidade do Projeto e Indicadores para o Monitoramento
- Planejamento com a utilização da técnica 5w1h
- Captação de Recursos, incluindo a indicação de Agentes Financiadores
- Orientação para o preenchimento do Formulário utilizado pela Fundação André Maggi para inscrição de projetos
- Avaliação de Projetos Sociais.

Inicialmente as Oficinas serão realizadas nas cidades "polos". Poderão se inscrever instituições de outras cidades próximas e que sejam áreas de atuação do Grupo André Maggi. Em Campo Novo do Parecis a Oficina acontecerá nos dias 22 e 23 de junho, inteiramente grátis, com apostilas e certificado de 16h.

O Teatro Ogan participará com os integrantes Alexandre Rolim, Diretor Presidente e Fábio Lima, Agente Cultural do Ponto de Cultura Ninho do Sol. Também participa da Oficina João Batista Bordini, Diretor Financeiro do IPC - Instituto Parecis Cultural.

Maiores informações acesse o Portal da Fundação AMaggi.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Era uma vez, a muitos e muitos anos...

Adri Marquetto, bem vinda ao Teatro Ogan!

Nestes 15 anos de Teatro Ogan, muitas histórias temos para contar. É nesse clima de comemoração que se junta à trupe Adriana Machado da Silva Marquetto, 18 anos, iniciada no "fazer teatral" pela professora Silvana, em Palmas-PR.

Adri Marquetto será a nova contadora de histórias de "Feiurinha para Crianças", espetáculo de Pedro Bandeira, selecionado pelo Intercâmbio Cultural da Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso.

Abre-se o "Baú das Histórias"

Peregrinando pelo tempo e pelo espaço, guiado pelas suas faculdades de pensar, sentir, querer e agir, o ser humano seguiu exercitando seu potencial e extraindo dele seus fazeres, suas técnicas e artes, assimilando os hábitos de outros e formando um amplo conhecimento transmitido de geração a geração, preservado na memória das sociedades humanas – seu patrimônio cultural.

De geração em geração esses bens e valores foram conservados, aprimorados, dinamizados, enriquecidos e transmitidos principalmente pela palavra, veículo de perpetuação da tradição cultural.

As impressões e experiências de vida, os fatos e fenômenos da natureza e os feitos de deuses e heróis enaltecidos e explicados de forma fantástica através dos mitos, lendas e histórias, a intervenção de seres mágicos temidos e embelezados pela fantasia e imaginação, criou inúmeras formas literárias de inegável valor. Dentre essas se sobressai o conto.

Era uma vez...

Com esta fórmula tão simples e tão mágica, adentramos no universo dos contos de histórias, dos contos maravilhosos, dos contos de fadas, dos causos, das fábulas, e inúmeras outras formas narrativas desenvolvidas pelo homem ao longo de sua história.

É de consenso coletivo que o ato de contar histórias parece ser inato em todo ser humano, embora os primeiros registros deste ato datem da pré-história, quando o homem primitivo colocou suas marcas nas paredes das cavernas que lhe serviam de abrigo. Estas primeiras pistas servem para sabermos um pouco do que foi o dia-a-dia destes povos contado através dos desenhos de seus feitos heróicos.

Um fato marcante na história deste homem primitivo foi o domínio da língua falada, o que permitiu a este homem seguir contando seus atos e feitos, possivelmente cantados na primeira pessoa de forma simples e ininterrupta, ritmados por alguma ocupação tribal necessária à sua sobrevivência.

Esta forma de transmissão dos contos focada na oralidade é outra característica importante que deve ser mencionada. Gislaine Matos e Inno Sorsy assim descrevem essa característica:

“Passados oralmente, eles atravessam fronteiras. Como aves migratórias, e de tanto viajar na ‘palavra’ dos contadores de histórias, os contos populares vão construindo seus ninhos também no imaginário das gentes de terras distantes. Variam os nomes dos personagens, o espaço geográfico, aparecem referências sobre os costumes e as particularidades da cultura em questão, mas a estrutura de base, ou trama principal, se mantém, evidenciando que se trata do mesmo conto narrado de outro ‘jeito’”. (MATOS e SORSY, 2005. p.60)

Essa necessidade inata de relatar os acontecimentos desencadeou um processo onde a imaginação começou a ganhar força e os relatos pouco a pouco foram se transformando, sendo recriados para impressionar ou destacar algum ponto de interesse do ouvinte.

Alguns autores acreditam que esse ato de contar histórias tornou-se de tal forma exagerada que, por modéstia, passaram a ser feitos na terceira pessoa, surgindo daí a figura do herói.

Os Contadores de Histórias

A figura desse “contador-herói” adentrou no universo mítico e trouxe à tona os contos preservados nesse baú, assumindo para si a missão de preservar através dos tempos a memória coletiva de seu povo e conseqüentemente, da humanidade.

Segundo Maria Clara Cavalcante de Albuquerque “inicialmente todos eram contadores” (2005), pois podemos considerar essa modalidade como uma primeira manifestação artística desenvolvida pela humanidade e demonstrada através da dança, da pintura, do canto; enfim, o homem primitivo encontrou em cada uma dessas artes formas diferentes de contar as mesmas histórias.

Com a estruturação e o desenvolvimento das sociedades, as artes se especializaram ocasionando o surgimento do teatro, da dança e da música. Assim, houve a separação entre o cantar e o contar, e dentre as pessoas que tinham uma melhor memória, maior domínio da linguagem e um senso mais aguçado de narrativa foram escolhidos os contadores de histórias.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Biblioteca Comunitária Ninho do Sol é cadastrada no SEBIP


Relato sobre as atividades do Ponto de Cultura e da Biblioteca Comunitária Ninho do Sol

A Biblioteca Comunitária Ninho do Sol, parte integrante do Plano de Trabalho do Convênio Nº 054/2009, iniciou suas atividades no dia 19 de maio de 2010. Seu acervo está direcionado principalmente às crianças e ao jovens, atendendo de segunda a sexta, das 8h às 11h e das 14h às 17h.

Criada através de Ata, a mesma foi registrada no SEBIP - Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas no dia 02 de junho, durante o Encontro da Rede de Pontos de Cultura de Mato Grosso, ocorrido no Palácio da Instrução, sede da Biblioteca Estadual Estêvão de Mendonça, que organiza todo o sistema de bibliotecas públicas no Estado.

Josilda, técnica da Biblioteca Estadual Estêvão de Mendonça

Parte dos benefícios conseguidos com o registro é a doação de acervos de livros e mídias para a biblioteca comunitária, acervos estes que vem através da Biblioteca Nacional e do Conselho Estadual de Cultura. Também o apoio com capacitações aos envolvidos na biblioteca comunitária, procurando oferecer todo o suporte necessário para que ações de fomento à leitura seja uma realidade em cada biblioteca do estado de Mato Grosso.

Doações da Distribuidora Janina

A Distribuidora de Livros Janina, uma das maiores da capital, doou à Biblioteca Comunitária Ninho do Sol um pequeno acervo de livros como parte das ações de incentivo à leitura e divulgação da empresa. Ações como essas fazem da Livraria Janina uma grande parceira de escolas e entidades da capital e interior do Estado.

domingo, 6 de junho de 2010

Ninho do Sol participa de quadrilha no Caipirão do Reviver 2010

Noivos chegaram à festa de charrete

Junho é mês de festas juninas e o Ponto de Cultura Ninho do Sol participou ensaiando a quadrilha caipira do Grupo da Melhor Idade Reviver.

O Grupo Reviver organizou uma grande festança para receber a comunidade de Campo Novo do Parecis, no sábado dia 05 de junho, na Praça de Eventos, com muita comida e bebida típica e a tradicional quadrilha caipira.

Bandeirolas verde-amarelo para homenagear o Brasil na Copa 2010

Os ensaios da quadrilha foram realizados por Vanderlei César, Diretor de Cultura de Campo Novo do Parecis e Secretário do Teatro Ogan, um dos idealizadores do Ninho do Sol.

O "frei" Vanderlei Guollo ao lado do Presidente da Câmara Municipal "Baxo" e da noiva do casório

Com 13 casais vestidos à moda tradicional, a quadrilha entrou na Praça de Eventos com as cores verde e amarelo nas bandeirinhas do Brasil, lenços nas cabeças e balões numa charrete que trouxe o casal de noivos, numa homenagem ao Brasil na Copa 2010. Ela foi um dos pontos altos da festa provocando risos e brincadeiras.

Nesta época das festas juninas, uma das diversões mais tradicionais é a quadrilha. Mas nem sempre foi assim.

Colorido típico dos trajes juninos

História da Quadrilha

De origem francesa, a quadrilha era dançada, na Europa, por várias dezenas de pares. No tempo do Império, em nosso país, era executada nos grandes bailes realizados na corte. Com o tempo, tornou-se uma dança folclórica, e o comando continua sendo dado com palavras afrancesadas como "balancê" (balancer), "anarriê" (en arrier) e "otrefoá" (autrefois).

A quadrilha não era uma dança de São João, mas teve origem nobre nos salões reais e acabou popularizando-se de tal maneira, que acabou nos terreiros. Em qualquer país europeu no início do século XIX, principalmente na França, era a quadrilha que abria os bailes da aristocracia, e no Brasil, na época da regência, ela fez o maior sucesso ao ser introduzida por maestros franceses. Era tanta a preferência por esse tipo de música e dança que, em 1852, foram dançadas nada menos que 20 quadrilhas.

Aos poucos, acabou perdendo o formalismo dos salões e virou uma mania popular, ganhando um tempero bem brasileiro. Logo surgiram compositores dedicados a esse tipo de música, como o flautista carioca Joaquim Antônio da Silva Calado, que também ficou famoso por suas polcas e lundus.

Com a popularização a quadrilha ganhou também, na forma de dançar e no acompanhamento musical, várias adaptações pelo País. O "saruê" do Brasil central, por exemplo, não esconde a sua origem francesa, pois a palavra é uma variação de "soirêe" e as marcações da dança são bastante semelhante às da quadrilha.

Apesar de ser um outro tipo de dança o "fandango" do Rio Grande do Sul tem marcações nitidamente inspiradas na quadrilha. E o mesmo acontece com a "cana verde", bailado de origem portuguesa muito comum nas regiões centro e sul do Brasil.

Mas é a "mana-chica", dança típica do Estado de Rio de Janeiro - mais especificamente da região de Campos - que mantém a tradição da quadrilha popular do século passado.

Os trajes típicos também sofreram a influência das roupas usadas pelos camponeses brasileiros. O tipo de música tocado nas festas - quadrilha e forró - assim como os instrumentos utilizados - sanfona, zabumba, triângulo - são da mesma forma contribuições da cultura brasileira às festas de origem européia.

Com o crescimento das cidades, a quadrilha passou a ficar restrita ao campo ou aos bairros mais distantes. Entretanto, por causa de sua grande aceitação popular e coreografia, a quadrilha acabou fazendo parte também do universo cultural urbano, só que de maneira diferente.

A quadrilha que conhecemos na cidade é mais um "casório na roça", uma encenação bem humorada em que as pessoas imitam os habitantes do campo, com seus costumes simples e vestimentas.

Por Alexandre Rolim, com informações de Domingos Demasi/Globinho Pesquisa

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Teatro Experimental de Alta Floresta participa de evento em Portugal

Os integrantes do Teatro Experimental de Alta Floresta, Agostinho Bizinoto e Elenor Cecon Júnior viajam amanhã (05.06) para Lisboa, Portugal. O Teatro Experimental foi convidado para realizar uma residência artística e acompanhar todas as ações artísticas do O Bando de Teatro, bem como para integrar a equipe internacional que preparará a produção do evento Plataform 11 Plus em uma ação de formação.

O convite feito ao Teatro Experimental, ainda em 2009, partiu do grupo O Bando de Teatro de Portugal considerado atualmente como uma das maiores companhias teatrais das terras lusitanas. O Bando procura desvendar as raízes antropológicas do nosso imaginário e criar visualidades poéticas, num risco assumido de popularizar a arte contemporânea e experimental. Para isso trabalha predominantemente textos portugueses, recusa o convencionalismo, cria máquinas de cena, insiste na disponibilidade do ator para desenvolver e aplicar a interdisciplinariedade de linguagens e incorpora criativamente as formas artesanais e tradições populares da cultura portuguesa.

Plataform 11 Plus é uma recém criada rede internacional (2º ano), apoiada pela Comissão Européia, que junta 13 companhias de teatros provenientes de 12 países europeus diferentes e estabelece uma ligação privilegiada com organizações culturais locais, universidades e escolas.

A atividade desta rede foca-se, sobretudo, nos jovens e adolescentes entre os 11 e os 15 anos, pois o compromisso com a Arte nesta fase da vida se constitui num inestimável contributo na formação de valores, personalidades e visão do mundo, visto que há pouca oferta cultural para pessoas desta idade.

Paralelamente ao trabalho de profissionais, irá desenvolver-se, ao longo de todo o processo, um projeto artístico não-profissional que visa a integração de vários jovens. Após quatro anos de trabalho, Plataforma 11+ pretende apresentar um (auto)-retrato de uma nova geração européia, cuja presença no início do século 21 se refletirá em mais de 30 novas peças, 50 co-produções e eventos interdisciplinares, 40 obras de arte e ainda numa base de dados européia com peças de teatro dirigidas a público específico.

Durante os quatro anos do projeto estão previstas inúmeras atividades, sendo que, neste ano de 2010, terá lugar em Portugal uma residência de artistas convidados de várias nacionalidades que culminará na Exposição ao Ar Livre, a apresentação da Grande Noite de Teatro Europeu e o Encontro Anual do Projeto.

Este é o primeiro intercâmbio que o Teatro Experimental de Alta Floresta participa fora do território nacional e sinaliza uma nova fase que se aproxima para o grupo, que é o de iniciar um processo de produção que envolva profissionais também de outros países.

A participação do Teatro Experimental de Alta Floresta nesta residência artística conta com o apoio da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura através do Edital de Intercâmbio nº 01/2010.

Acesse o sítio do Teatro Experimental

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Cuiabá sedia 1º Fórum de Teatro para Infância e Juventude do Centro-Oeste

Representantes de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal irão se reunir no 1º Fórum de Teatro para Infância e Juventude do Centro-Oeste. O intuito é proporcionar intercâmbio entre artistas, organizadores de festivais, mostras, pesquisadores, grupos, companhias e interessados.

Outro objetivo é fortalecer e reconhecer o teatro para Infância e Juventude produzido e oriundo da, com e para o publico infanto-juvenil. O fórum propõe nos dois dias de encontros dedicados a intercâmbios, mobilização e troca de saberes.
A programação abordará a Rede Nacional de Teatro para Infância (RENATIN) e suas representações estaduais, propostas e fortalecimento do segmento na região Centro Oeste.

Confira a programação:

05/06 - Sábado
14h - Abertura Oscemário Daltro - Secretário de Estado de Cultura de Mato Grosso
Sérgio Cintra - Secretário Municipal de Cultura de Cuiabá
Palestra: Cultura e Infância

Gabriel Guimard (SP) – Ator, palhaço, diretor da companhia de teatro Megamini da Cooperativa Paulista de Teatro e pesquisador das artes para infância. Trabalhou durante 5 anos na cia. francesa Philippe Genty. É fundador da Rede Cultura Infância e do Centro de Referência do Teatro para Infância, idealizador do Portal Cultura Infância e idealizador da RENATIN - Rede Nacional do Teatro para Infância.
Mesas

15h as 20h30

1ª) Pontos de Cultura e ações conectadas com a linguagem do teatro para infância e juventude
Mediação: Gabriel Guimard (SP)

Convidados: Wanderson Lana (MT), Eduardo Ribeiro (MS), Ronaldo Adriano (MT)

Wanderson Lana (MT) – Ator, Dramaturgo e Diretor de Teatro Municipal de Primavera do Leste e Coordenador do Ponto de Cultura CENTRO Faces de teatro;

Eduardo Ribeiro (MS) – Ator e Gerente da Casa de Ensaio e representante da RENATIN em Mato Grosso do Sul. Ronaldo Adriano (MT) – Ator, Coordenador do Festival de Teatro da Amazônia Mato-grossense e Coordenador de Planejamento do Ponto de Cultura Teatro Experimental de Alta Floresta.

2ª) Ações sociais para infância e juventude

Mediadora: Yandra Firmo (MT) – Mestre em Arte e Educação, Educadora Social, Atriz e Diretora Teatral e Coordenadora do projeto “Teatro na Vida, A vida no teatro”.

Convidados: Vanderlei José (MT), Delgado Filho (GO) e Flávio Ferreira (MT);

Vanderlei José (MT) – Ator, Diretor da Cia Spirits e Coordenador do FESTIN – Festival de Teatro Infantil de Juína;

Delgado Filho (GO) – Diretor do grupo de teatro Arte e Fogo de Goiânia e Coordenador Geral da 3ª Semana de Teatro de Goiás. Atualmente está como suplente do Colegiado Setorial de Teatro/CNPC – MinC;

Flávio Ferreira (MT) - Diretor da Cia CENA ONZE de teatro, trupe que se apresenta gratuitamente há 20 anos para estudantes da rede pública, mantém oficina de teatro e dança com as adolescentes (que não tem pais) na Casa da Retaguarda Paulo Prado há 5 anos.

3ª) Experiência de festivais na região Centro-Oeste

Mediação: Jan Moura (MT) – Diretor, Ator da Confraria dos Atores, Mestrando em estudos de cultura contemporânea ECCO/UFMT.

Convidados: Lúcia Corrêa (DF) e Eduardo Espíndola (MT).

Lúcia Corrêa (DF) – Atriz e produtora da Cia Voar Teatro de Bonecos e Produtora do FESTIBRA - Festival de Teatro Infantil de Brasília.

Eduardo Espíndola (MT) – Produtor Cultural, Coordenador da MITI – Mostra internacional de Teatro Infantil de Cuiabá e Representante da Renatin em Mato Grosso.

06/06 - Domingo

14h – Reunião aberta

Pauta: Análise do pré-edital para o prêmio de Teatro para Infância e Juventude da Funarte que será encaminhando pela RENATIN;

16h30 – Espetáculo: Classiclum - Cia Arte Negus (MT)

Sinopse: espetáculo CLÁSSICLUM é um espetáculo de palhaços que pretende mostrar ao público parte da trajetória da arte da palhaçaria, encenando cenas clássicas para seus espectadores que evidenciam o humor "falado" (chamado no circo de pilhéria) e o humor físico, (chamado no circo de gag).

17h – Reunião de Articulação

Jan Moura (MT) – Movimento de Teatro, COOCAR e Colegiado Setorial de Teatro – CNPC/Minc e Jefferson Jarcem (MT) – Ator e Diretor do Grupo Tibanaré e Presidente da Federação Mato-grossense de Teatro, Eduardo Ribeiro (MS) e Eduardo Espíndola (MT) representantes da Renatin.

18h30 – Apresentação e aprovação do regimento do Fórum de teatro para Infância e Juventude do Centro Oeste;

- Análise e aprovação do regimento do Fórum;
- Formatação da Carta de encaminhamento das diretrizes elencadas durante o 1º Fórum de Teatro para Infância e Juventude do Centro Oeste para Ministério da Cultura, Funarte, Secretarias Municipais e Estaduais de Cultura, Conselhos de Cultura, Assembléias Legislativas do Centro-Oeste.

20h30 – Enceramento