sábado, 27 de fevereiro de 2010

Os Menestréis do Ogan – Cinco anos

Cieli Almeida, Alexandre Rolim e Jeane Carla


 
Há cinco anos o Teatro Ogan apresenta a performance: “O Menestrel” de Willian Shakespeare. A primeira montagem, de 2006, era concebida pelo trio de atores: Van César, Cieli Almeida e Alexandre Rolim, atualmente, Van César dirige e sua parte é encenada pela atriz Jeane Carla.

O Menestrel foi escrito há mais de trezentos anos e mesmo assim não perdeu sua essência comovendo as pessoas a cada nova apresentação. O Menestrel é uma das reflexões mais bonitas da humanidade, e por que não dizer, necessária a qualquer ser humano que busca a essência da vida.

O texto é revelador e nos remete a mais profunda reflexão sobre nós mesmos. Ele nos ensina a ver o óbvio e assim, melhorar como seres humanos que somos. O texto é um aprendizado de início a fim e, apesar de ser tricentenário parece ter sido escrito hoje.

Nesta quinta-feira, 25, o Teatro Ogan apresentou a performance para centenas de pessoas durante evento que marcou o início do ano letivo do Instituto Federal de Educação Tecnológica (IFET), de Campo Novo do Parecis.

O que eram menestréis:
Eram espécies de músicos-poetas ambulantes da Idade Média, eram como artistas “menores”, pés-de-chinelo, de rua e de vila, à sombra dos grandes trovadores, os preferidos dos reis e senhores medievais, portanto atuavam como mensageiros de alegria para os mais humildes.

A palavra ministerial, que dá origem à menestrel, vem do latim minor, “menor”, e significando, portanto, “servo” ou “subalterno”. É a mesma origem da palavra “ministro”, que significava “serviçal do rei”, alguém que “repassava” para o povo as ordens e leis criadas pelo rei (ministro da guerra, da justiça, da fazenda, etc).

Eles receberam vários nomes nos diferentes países da Europa. Na França eram chamados troubadours (trovadores) e jongleurs (malabaristas); na Alemanha, Minnesang; na Escandinávia, skalds (escaldos) e na Irlanda, bards (bardos). Os primeiros menestréis ingleses foram chamados scops.


Leia abaixo o texto shakespeariano:

O Menestrel
William Shakespeare

Cieli Almeida: Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.
Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Jeane Carla: Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam…
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Alexandre Rolim: Descobre que se levam anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la…
E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam…
Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Jeane Carla: Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa… por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Cieli Almeida: Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo… mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve.
Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão… e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados.
Alexandre Rolim: Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.
Jeane Carla: Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.
Cieli Almeida: Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Jeane Carla: Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens…
Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Cieli Almeida: Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame...
Alexandre Rolim: ... não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode
Jeane Carla: ...pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Alexandre Rolim: Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém… Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo.
Jeane Carla: Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Cieli Almeida: Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.
Alexandre Rolim: E você aprende que realmente pode suportar… que realmente é forte.
Cieli Almeida:...e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
Alexandre Rolim: E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!
Todos: Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Articulação em rede e circuitos culturais são indicações da Teia Centro-Oeste e Tocantins


Os pontos de cultura de todo o Centro Oeste e Tocantins se reuniram de 18 a 21 de fevereiro, em Goiás, para discutir a cultura de seus estados e a cultura do Brasil, propondo melhorias e trocando conhecimentos sobre os mesmos.
A apresentação dos tocadores de Viola de Cocho, de onde saem as tradições musicais do Mato Grosso rasqueado, siriri e cururu, abriu a Plenária Final da Teia Centro-Oeste. Ainda o causo de Chico Simões (Ponto de Cultura Invenção Brasileira - DF). Parte da programação incluia um delicioso banho de cachoeira no Vale da Lua, e uma palestra para conhecer as propostas da Incubadora da UnB (Gerência de Desenvolvimento Empresarial). A representante da SCC/MinC, Isabelle Albuquerque, fez um panorama geral da Teia Brasil 2010: tambores digitais.
Durante a Teia Centro Oeste e Tocantins os Pontos de Cultura se reuniram em Grupos de Trabalho (GTs) e tiraram indicações para o documento final. Dentre as propostas indicadas pelo GT Cultura Popular estão o inventário dos patrimônios materiais e imateriais do Centro-Oeste, através de metodologia do Iphan, contando com apoio dos Estados e a participação de Pontos e Pontões de Cultura da região e estabelecer relações mais estreitas com os países fronteriços à região Centro-Oeste.
Já o GT Artes Cênicas, dentre outras, propôs o fomento a circulação dos produtos dos Pontos de Cultura pela região. Proposta similiar saiu do GT de Música, acrescida do mapeamento dos espaços para a apresentação musical dos Pontos de Cultura em cada um dos estados, além da criação de um selo para produção, distribuição e divulgação musical dos grupos culturais.
O GT Audiovisual, Cultura Digital e Comunicação deve criar um perfil da comunicação Centro-Oeste na plataforma da Cultura Digital Brasileira (culturadigital.br), incentivar a formação continuada para a comunicação, a partir de articulação em rede dos Pontos e Pontões de Cultura, e realizar o mapeamento das ações das redes de comunicação, cultura digital e audiovisual dos Pontos de Cultura da região.
O GT Sustentabilidade e Economia Solidária aposta em formação e parcerias, como qualificar Pontos de Cultura na gestão e elaboração de projetos e desenvolver parcerias com Senaes, Sebrae e outros agentes. O GT Criança e adolescente também acredita nas articulações para novos caminhos, por exemplo, através do poder público - conselhos tutelares, juizados, Ministério Público etc. Levar as familias para dentro das ações dos Pontos de Cultura também é outro tópico relevante.
O GT Culturas Índigenas aposta na criação de editais específicos para Pontos de Cultura Indígenas nas redes estaduais e municipais, além da valorização das ações de ludicidade dos povos indígenas. O documento final da Teia Centro-Oeste e Tocantins estará disponível em breve.

Fechando o encontro, no coração do Centro-Oeste, o Ponto de Cultura Tambores de Tocantins arrastou os participantes para o centro da Vila de São Jorge, celebrando com música mais uma bem sucedida teia regional.

Matéria relacionada: Centro-Oeste e Tocantins revelam toda sua diversidade cultural
Texto e fotos: Zonda Bez (SCC/MinC)

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Ponto de Cultura Ninho do Sol no Teia Centro Oeste e Tocantins


O Teia Centro Oeste e Tocantins é a reunião de todos os pontos de cultura que fazem parte do Programa Mais Cultura do Ministério da Cultura. O evento aconteceu dos dias 18 a 21 de fevereiro, no Ponto de Cultura Cavaleiros de Jorge, na Vila de São Jorge, Alto Paraíso de Goiás-GO, e é uma preparação para o Fórum Nacional de Pontos de Cultura que acontecerá no Teia Nacional, de 25 a 31 de março, em Fortaleza-CE.
Na pauta do III Fórum Regional de Pontos de Cultura do Centro Oeste e Tocantins discutiu-se 23 temas que farão parte da pauta do Fórum Nacional de Pontos de Cultura. Entre eles estão: criança e juventude, cultura digital, software livre, matriz afrodescendente, cultura popular, indígenas, preservação da memória, música, dança, teatro, circo, literatura, artes plásticas, entre outros.
Entre as deliberações e resoluções a ser entregue ao Ministério da Cultura citam-se: formação e cursos profissionalizantes; intercâmbio: circulação dos produtos dos pontos de cultura; criação da Lei do Cultura Viva; criação de pontões específicos de cultura popular e mestres griôs; regionalização dos editais do Cultura Viva; mapeamento dos pontos de cultura; e calendário de eventos e programação dos pontos.
Durante o evento aconteceram apresentações culturais como: “Mamulengos sem Fronteiras”, grupo de teatro de bonecos de Brasília; Músicos do “Tambores de Tocantins” também mostraram a cultura popular de seu Estado. Palhaços, poetas, escritores, mestres de cultura popular, artesãos e indígenas foram outras das atrações. O estado de Mato Grosso mostrou o cururu e siriri, e a tradicional viola de cocho, ícone da cultura matogrossense e patrimônio nacional de cultura.


O Ninho do Sol no Teia Centro Oeste e Tocantins

O Ponto de Cultura Ninho do Sol, projeto do Teatro Ogan em parceria com o Instituto Parecis Cultural, foi representado pelo Diretor Presidente do Instituto, Vanderlei César Guollo, que esteve levando informações sobre a estrutura e organização do ponto, ao mesmo tempo em que adquiriu as informações inerentes ao processo de inserção do Ninho do Sol no contexto regional e nacional.
Segundo Guollo “esta é uma grande oportunidade para Campo Novo do Parecis mostrar seu potencial cultural e absorver novas experiências de grupos e movimentos que já estão há bastante tempo desenvolvendo cultura Brasil afora”. Ainda de acordo com ele, esse aprendizado se somará às muitas atividades que serão desenvolvidas pelo Ponto de Cultura Ninho do Sol nos próximos anos.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Ninho do Sol prorroga inscrições para oficineiros

O Teatro Ogan e o Instituto Parecis Cultural prorrogaram nesta sexta-feira, 19, o prazo de inscrições para oficineiros do Ponto de Cultura Ninho do Sol.

Clique aqui e veja a Alteração do Edital.

No Edital 01/2010 as inscrições terminariam nesta sexta, mas com a Alteração do Edital, as inscrições seguem abertas até o dia 26 de fevereiro, ou seja, próxima sexta-feira.

No total serão oferecidas cinco vagas para profissionais de diversas áreas artístico-culturais. Maiores informações podem ser obtidas pelo telefone: (65)-3904-2095 E (65) 9989-7976.

Abertura do Teia Centro Oeste e Tocantins


Aconteceu na noite de ontem, dia 18 de fevereiro, às 20h, a abertura do Teia Centro Oeste e Tocantins no Ponto de Cultura Cavaleiros de Jorge, na Vila de São Jorge, Alto Paraíso de Goiás-GO. O evento seguirá até o dia 21 de fevereiro de 2010 e é uma preparação para o Fórum Nacional de Pontos de Cultura que acontecerá no Teia Nacional, de 25 a 31 de março, em Fortaleza-CE.
O “Mamulengos sem Fronteiras”, grupo de teatro de bonecos de Brasília, apresentou-se encantando a platéia. Músicos do “Tambores de Tocantins” também mostraram a cultura popular de seu Estado.

O Teia Centro Oeste e Tocantins em Números

Mato Grosso: participam do evento representantes dos 14 pontos de cultura antigos, dos 3 pontões de cultura e dos 40 novos pontos de cultura do estado de Mato Grosso, incluindo-se um representante do Teatro Ogan e Instituto Parecis Cultural, acompanhados pelas coordenadoras Ana Moreira e Cinthia Matos, da Secretaria de Estado de Cultura.
Mato Grosso do Sul: representantes dos 30 novos pontos de cultura e do pontão Guaicurus.
Goiás: representantes dos 4 pontões de cultura, 14 pontos antigos e dos 40 novos pontos de cultura.
Distrito Federal: represenntantes do pontão de cultura, dos 18 pontos antigos e dos 20 novos pontos de cultura.
Tocantins: os representantes dos 7 pontos de cultura antigos e dos 24 novos pontos de cultura.
Na pauta do evento acontecerá o III Fórum Regional de Pontos de Cultura do Centro Oeste e Tocantins com leitura e aprovação do Regimento Interno, grupos de trabalho e a redação da Carta do Fórum com as deliberações e resoluções a ser entregue à Secretaria da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Teatro Ogan divulga Edital de Seleção para Oficineiros de Arte

O Teatro Ogan torna público o Edital de Processo Seletivo Simplificado Nº 01/2010, para admissão de Oficineiros de Arte para o Ponto de Cultura Ninho do Sol, em atendimento ao Plano de Trabalho constante do Convênio Nº 054/2009, celebrado com o Governo do Estado de Mato Grosso através da Secretaria de Estado de Cultura/SEC-MT, que atenderá aprendizes nas áreas do teatro, música, danças, capoeira, dança sênior e artesanato.

Clique aqui e tenha acesso ao Edital.

O Edital prevê a contratação de 01 Oficineiro de Teatro; 01 Oficineiro de Danças - Balé, Danças do Ventre e Danças Folclóricas; 01 Oficineiro de Música - Violão e Teclado; 01 Oficineiro de Capoeira; e 01 Oficineiro de Dança Sênior e Artesanato.
Os candidatos selecionados serão contratados pelo período de 8 meses, com carga horária de 20h semanais e remuneração de R$ 600,00.

As inscrições serão recebidas no período de 12.02.2010 a 19.02.2010, das 07h às 11h, nas dependências da Biblioteca Pública Municipal, localizada na Rua São Paulo, 238 NE - Centro, Praça da Cultura, Campo Novo do Parecis-MT.

O Processo Seletivo consistirá de análise curricular, realizada por uma Comissão Especial de Processo Seletivo, designada pelo Instituto Parecis Cultural, entidade parceira do Ponto de Cultura. A análise se dará mediante somatória de pontos da contagem de avaliação da experiência comprovada por meio de certificação, onde deverão constar a carga horária dos cursos de aperfeiçoamento, oficinas, seminários e a experiência profissional.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Teatro Ogan se reune com Conselho da Criança


Em reunião com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA, no mês de janeiro de 2010, o Teatro Ogan expôs o plano de trabalho que será desenvolvido pelo Ponto de Cultura Ninho do Sol. O objetivo principal foi solicitar apoio ao mesmo, através do Registro no CMDCA - Inscrição de Programas de Proteção ou Sócioeducativos de Entidades Não Governamentais.
A atual Presidente do CMDCA, Sra. Licioneide Scharnberg, parabenizou a iniciativa do Teatro Ogan através das atividades do Ponto de Cultura que muito poderá oferecer às crianças e jovens deste município em se tratando de ações e medidas socioeducativas, de ocupação e lazer saudável. É preocupante - citou a Presidente e Conselheiras presentes - a situação das crianças e jovens sem ocupação, que acabam rumando por caminhos às vezes perniciosos a eles. Atividades como as que serão oferecidas pelo Ninho do Sol podem auxiliar e muito na conduta destes menores.

Conforme o Artigo Nº 90, parágrafo único da Lei Federal Nº 8069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente, o Teatro Ogan requer a inclusão de registro no CMDCA, bem como autoriza o fornecimento do mesmo para uso comum de Instituições e Serviços de Utilidade Pública.

Teatro Ogan no Monólogo "Mundus Immundus" de Nanna de Castro

Proac é prorrogado até dia 26

Os Editais do Programa de Apoio a Cultura (Proac), do Conselho Estadual de Cultura, tiveram data prorrogada até o dia 26 de fevereiro de 2010.

Artistas e entidades de todas as regiões matogrossenses podem concorrer aos recursos disponibilizados para várias áreas culturais: Teatro, Dança, Música, Fotografia, Cinema, Artes Plásticas, Artesanato, entre outras.

A verba pode ser usada para a realização de mostras, festivais, feiras, montagens, publicações, entre outros.

Os valores variam entre dez e oitenta mil reais, dependendo da abrangência pretendida pelo projeto cultural proposto. Os recursos são oriundos do Fundo Estadual de Fomento à Cultura e podem ser captados por pessoas Físicas e Jurídicas Sem Fins Lucrativos.

Maiores informações pelo telefone: (65) 3904-2095 ou pelo e-mail: conselho.culturacnp@hotmail.com.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Salto Utiariti

O Salto Utiariti possui o formato do mapa do Brasil
Fotografia de Juliano Olejas


Campo Novo do Parecis é a Terra das Águas de Mato Grosso
Alguns dos mais belos rios que o Estado possui estão ou passam pelas terras parecienses, como os rios Verde, do Sangue, Sacre e Papagaio. As águas desses mananciais são algumas das principais formadoras da Bacia Amazônica, maior bacia hidrográfica do mundo.

Esportes
As águas são cristalinas, essenciais para a prática de mergulho livre e apnéia. Para os aventureiros mais radicais há uma infinidade de opções, como o rafting e o rapel.

O rapel pode ser feito na maior cachoeira do Município, o Salto Utiariti, de mais de 90 metros de queda, uma das maiores e mais belas cachoeiras do Estado, localizada no rio Papagaio. O Salto Utiariti está a 90 quilômetros do centro da cidade, nas Terras Indígenas (TI) da etnia Paresí-haliti, na divisa dos municípios de Campo Novo e Sapezal.
O local é de beleza ímpar que surpreende a todos os aventureiros apaixonados por esportes como o trekking e rapel.

Interesses Culturais
No local também podem ser observadas as ruínas da missão jesuíta do início do século XX. A área é de grande interesse cultural e religioso. A primeira escola indígena do Estado foi construída no local, há cerca de 100 anos. É excelente para os turistas que gostam de tirar uma boa fotografia, dependendo do ângulo em que a foto for tirada, o Salto Utiariti se apresenta com o formato do mapa do Brasil.

A Missão
A missão de Utiariti existiu em Mato Grosso mais ou menos entre os anos 1930 e 1970, no município de Diamantino (atual Campo Novo do Parecis). Utiariti, que dista cerca de 550 km de Cuiabá, é o nome de uma cachoeira no Rio Papagaio, lugar sagrado para a nação Paresi-Haliti. Utia, quer dizer, sábio e haliti, gente. Para os Paresi, Utiariti significa "lugar de gente sábia". Há uma lenda que diz que os Utia eram um povo à parte da nação Paresi, que faziam previsões do futuro e viviam em um lugar atrás da cachoeira.

"Os sábios entravam dentro do salto para colher cará, massa de amendoim, mandioca. Até hoje tem gente lá que não morre. Só que tem outro tipo de alma que pode encontrar com eles. Eles sabiam que vinha a missão, mas que depois ia acabar". ( mulher Paresi da aldeia Salto da Mulher, 1992).(Joana A. F. Silva/UFMT). Link para maiores informações: http://orbita.starmedia.com/~i.n.d.i.o.s/textos/txt010ut.html .

Marechal Rondon
Na língua dos índios Paresí, Utiariti é o nome de um gavião sagrado para a nação. O nome Utiariti, no salto, existe em função do Marechal Rondon. Em suas incursões pelo Cerrado mato-grossense Rondon conheceu este salto, em 1907. A história conta que, ao avistar um gavião, um integrante de sua comitiva resolveu capturá-lo e foi impedido por um dos índios que os acompanhava. O índio argumentou que o gavião era sagrado para a sua nação e por isso não poderia ser capturado. Sensibilizado com o acontecido Rondon resolveu batizar o salto com o nome do gavião sagrado.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Feiurinha para Crianças Parte I

Feiurinha para Crianças Parte II

Feiurinha para Crianças Parte III

Ogan se inscreve em Festival Internacional de Teatro

Feiurinha para Crianças - Um dos Espetáculos Inscritos


O Teatro Ogan de Campo Novo do Parecis se inscreveu para o Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto (FIT), São Paulo. O evento, que completa 10 edições em 2010 é um dos maiores do país e um dos mais conceituados da América Latina por receber grupos e companhias de vários países.

Apoiado pela Petrobras, o FIT ocorre entre os dias 15 e 24 de julho e deve receber grupos de várias partes do Brasil e de países como Colômbia, Estados Unidos e Japão.

O Teatro Ogan inscreveu dois espetáculos premiados no cenário estadual: “Feiurinha para Crianças”, de autoria de Pedro Bandeira e direção de Van César e Fran Almeida e “Mundus Immundus” de Nanna de Castro, também sob a mesma direção.

Ambos os espetáculos são da categoria “Rua” e possibilitam apresentações em espaços alternativos como praças e parques. O primeiro, com temática infantil, está em cartaz há seis anos e recebeu prêmios no Festival Matogrossense de 2006 e 2008.

Mundus Immundus possui uma temática mais voltada ao público adulto, tendo recebido quatro prêmios, inclusive de Melhor Direção (Van César) e uma indicação no Festival Matogrossense de 2009, ocorrido em Rondonópolis.

Os espetáculos inscritos passarão por uma seleção e recebem uma ajuda de custo caso sejam classificados. Se passar na seleção, esta será a segunda vez que o Teatro Ogan ultrapassa as fronteiras de Mato Grosso, em 1997 o grupo participou do XVII Festival Mineiro Nacional de Teatro (Festiminas), em Belo Horizonte, MG.